O Primeiro-Ministro, António Costa, inaugurou as obras do Mosteiro de Ancede, em Baião, onde destacou o trabalho a autarquia local por apostar em «novas atividades», como o turismo de natureza e o património cultural, «para sustentar o território».
António Costa falava na cerimónia de inauguração das obras de reabilitação do mosteiro, projetadas por Siza Vieira e orçadas em cerca de cinco milhões de euros, onde foi criado um centro cultural.
Segundo o Primeiro-Ministro, «é absolutamente fundamental que um território como Baião, que assentou num conjunto de atividades no passado, hoje tenha de encontrar novas atividades para sustentar esse próprio território».
Na sua intervenção, António Costa referiu a importância de os territórios terem de «mudar para acompanhar a mudança do mundo», «fixando e atraindo populações»:
«Temos de valorizar essa sustentabilidade e é muito importante que o façamos preservando tudo aquilo que a história nos legou», disse, dando como exemplo a ligação de Eça de Queiroz a Baião, onde está sedeada uma fundação dedicada ao escritor, na Casa de Tormes.
António Costa destacou ainda o facto de o restauro do museu ter demorado 38 anos pelo que, «só quem gosta mesmo de ser político, é que pode bem compreender e acreditar que, mesmo 38 anos depois, é possível concluir o que se sonhou 38 anos antes».
Antes de terminar, o Primeiro-Ministro felicitou Baião pelo «potencial» que apresenta o novo centro cultural instalado no mosteiro:
«Este centro cultural, que permitiu a recuperação deste património com mais de nove séculos, é, obviamente, uma das grandes marcas do românico e de uma das grandes marcas do nosso património cultural», concluiu.