A 6ª Bienal Internacional de Arte de Gaia abriu as suas portas a 5 de abril na Quinta da Ficao de Lever, assinalando um forte laço cultural luso-galaico com a participação de vinte artistas galegos nesta primeira sede portuguesa. A iniciativa terá o seu eco na Galiza com a inauguração, no início de julho, de uma exposição coletiva de artistas portugueses e galegos no Museu da Construção Naval de Ferrol, tornando-se este museu o único polo da Bienal fora de Portugal.
Esta colaboração transfronteiriça através da arte teve o seu início em 2023, com diversas mostras acolhidas pelo Museu da Construção Naval de Ferrol, que se afirmou como um importante contentor e agente cultural deste projeto expositivo na Galiza. Nesse ano, a exposição "Atlânticos" reuniu artistas portugueses, comissariados por Agostinho Santos, diretor da Bienal de Gaia, e artistas galegos, sob a curadoria de Cristina Carballedo. A mostra, integrada na 5ª edição da Bienal de Gaia, convidou os artistas a refletir sobre as relações atlânticas centradas em Portugal e na Galiza através das suas obras.
Em 2024, a exposição "Lugares e Identidades" deu continuidade a esta ponte cultural, contando com a participação de artistas portugueses, galegos e da região de Cádis, explorando a ligação destes territórios através da arte. Este ano, 2025, o Museu da Construção Naval de Ferrol volta a ser palco desta união artística, com a inauguração, no início de julho, de uma nova exposição coletiva no âmbito da 6ª Bienal Internacional de Arte de Gaia. A mostra, que contará com a participação de 70 artistas e a curadoria dos responsáveis pelas edições anteriores, estará patente na Sala Carlos III do museu até ao final de agosto.
Os artistas galegos que marcam presença nesta edição da Bienal, tanto na sede de Gaia como na de Ferrol, possuem uma vasta e reconhecida trajetória expositiva. De Ferrol participam Carlos Barcón, Corín Cervera, Manuel Carballeira, Maria José Leira, Fernando Patiño, Montse Pernas e Pedro Rascado. A Corunha faz-se representar por Julio Sanjujrjo, Marcos López, Fernando Pereira e Novais. De Lugo chegam Jorge Espiral, Xermán Refojo, Honoro e Lomarti. Santiago contribui com Mila Vázquez, Oscar Aldonza e Fernando Yáñez, enquanto Vigo apresenta os artistas Antonio Abad e Isabel Alonso. Esta diversidade de talentos galegos enriquecerá o diálogo artístico promovido pela Bienal em ambas as margens da fronteira.