O Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, elogiou a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) pelo papel desempenhado na promoção de Portugal como um destino turístico de excelência. Durante o seu discurso no encerramento da VII Cimeira do Turismo Português, realizada esta tarde em Mafra, Montenegro destacou que o turismo nacional foi promovido "não apenas como um ponto de passagem, mas como um ponto de destino", aproveitando "todo o potencial do território, todo o potencial do património", indo além do habitual foco no sol e praia.
Marca Portugal Ganha Destaque Internacional
No seu discurso, o Primeiro-Ministro aproveitou para compartilhar os elogios recebidos durante a sua recente visita a Nova Iorque, onde participou na Assembleia Geral das Nações Unidas. Montenegro referiu que empresários e visitantes norte-americanos se mostraram "encantados" com Portugal, realçando a crescente notoriedade da "marca Portugal" e o seu potencial enquanto destino turístico de eleição.
Montenegro sublinhou o valor estratégico da relação com os cidadãos norte-americanos, os portugueses emigrados e os lusodescendentes, qualificando esse interesse como um "duplo sinal de esperança". Por um lado, no crescimento do turismo em Portugal, e por outro, na afirmação do país como um "exemplo de excelência" em áreas como a economia, inovação, ciência e investigação.
"A minha visão do turismo não se esgota no turismo", declarou Montenegro, afirmando que o turismo serve como "uma vitrine" da capacidade do país se destacar em outros setores da atividade económica. Nesse sentido, o turismo é uma "porta para o futuro" de Portugal.
Apoios ao Crescimento Económico
No âmbito das medidas para sustentar o crescimento do setor, Luís Montenegro destacou as várias iniciativas do Governo. O Primeiro-Ministro mencionou os apoios ao investimento, à capitalização das empresas e à aquisição de novos equipamentos. Adicionalmente, referiu os esforços na requalificação do património e na valorização da formação profissional, destacando a importância das escolas de hotelaria e da qualificação como pilares de competitividade.
Montenegro apontou também a TAP como uma peça-chave da política económica e turística do país. "A TAP é um elemento fundamental da política económica, social e turística portuguesa", frisou, reiterando o compromisso do Governo em manter as rotas estratégicas da companhia aérea.
Segundo o Primeiro-Ministro, o papel do Governo é "facilitar a vida às empresas", e não substituí-las. Nesse sentido, comprometeu-se a criar um "ecossistema favorável", através de melhorias nas infraestruturas, políticas fiscais e licenciamento, bem como nas condições laborais.
Descida dos Impostos como Fator de Competitividade
No seu discurso, Montenegro mencionou a redução do IRC e IRS como medidas essenciais para tornar Portugal mais competitivo. Sublinhou que esses instrumentos de política económica são cruciais para atrair investimento e aumentar a disponibilidade de mão-de-obra qualificada no país.
O Primeiro-Ministro reiterou que a redução do IRC não tem apenas o objetivo de aumentar as receitas do Estado, mas sim de permitir que as empresas "criem riqueza, paguem melhores salários e possam investir mais". Ao aliviar a carga fiscal sobre as empresas, Montenegro acredita que o país pode impulsionar o investimento, o que resultará em uma economia mais dinâmica e competitiva.
Em relação aos impostos sobre o rendimento, o Primeiro-Ministro destacou a importância de aliviar a carga fiscal sobre o trabalho, particularmente para os jovens e os altamente qualificados, como forma de aumentar a produtividade do país e reter talento.
"Acredito que, se fizermos tudo isto, teremos uma economia mais competitiva, pujante, com empresas a crescer, a pagar melhores salários e a reinvestir no nosso futuro", concluiu Luís Montenegro.