jueves. 02.05.2024

No seguimento da nossa reportagem sobre a recente deslocação a Roma no âmbito do programa oficial de canonização do beato Francisco Pacheco (1565?-1626), de Ponte de Lima, também uma visita cultural acolheu a comitiva de Ponte de Lima.

Deste modo, mais de duas dezenas de quilómetros a pé durante dois dias, possibilitaram o contacto e a descoberta com panóplia de património artístico, religioso e civil, para além de degustação de ícones da cozinha italiana. Como guias dessas horas de admiração de testemunhos de mais de dois mil anos de história, o habitual agradecimento a dois académicos actualmente em Roma: André Rodrigues Moutinho, de Chaves, ilustre medievalista, diariamente na investigação no arquivo do Vaticano como doutorando na Sorbonne, Paris; e, Tomás Pinto Bravo, de Tavira, mestrando na Pontifícia Universidade Gregoriana, Faculdade de História da Igreja e Bens Culturais.

Prova de branco em Itália.
Prova de branco em Itália.

Tudo começou ao anoitecer de Sábado, com um concerto: proveniente do Cazaquistão, Leila Akshpekova, onde integra a direcção do Conservatório Nacional, a vencedora de concurso nacional de piano em Paris em 2011, deliciou uma assembleia numerosa e atenta, com temas de Bach, F. Liszt, L. Boellmann, entre outros.

Quanto ao roteiro, elencamos: o Panteão, testemunho da Roma antiga, imperial, o Coliseu, o Arco de Tito; ainda no ordenamento urbano, multisecular, admiração das Piazzas Navona, a de Espanha e a da República! Na monumentalidade palaciana, recordemos a visita ao Parlamento, o Palácio Montecitoro, hoje sede do Tribunal Constitucional, e esse obelisco transportado do Egipto por ordem do Imperador Augusto; seguiram-se várias paragens por diversos templos como: S. Inácio de Loyola ou dos Jesuítas, onde só o tecto e relíquia do antebraço de S. Francisco Xavier justificam a visita; depois, a Santa Maria do Pópulo, a S. Luis dos Franceses, escadório e igreja de Trinitá do Monte, e a fechar, a Basílica de S. Pedro, no Vaticano. Longa e demorada foi a permanência na sede do mundo católico, com centenas e centenas de turistas, mas a pemissão diplomática obtida por Mons. Agostinho Borges, facilitou o franqueamento a todos os locais, espaços de culto e de arte. O ilustre cicerone palestrou sobre essa única, grandiosa Pietá de Miguel Ângelo, o Baldacchino de metal sob o qual celebra o Papa, a grande escultura em pedra do nosso S. João de Deus, a adoração do Santíssimo na sua capela e as tumbas dos Papas, sarcófagos e outras sepulturas desde a Alta idade Média.

Todavia, com longo passeio cultural, haveria também que degustar acepipes italianos. A escolha iniciou-se com as pizzas, confecionadas com massas fininhas e crocantes, e com carnes, mariscos, queijos e peixes.

Mas, seriam as massas a principal guloseima dos excursionistas Pontelimenses: desde a esparguete, passando pela fettuccinne, fusilli, ravioli, tagliatelle ou farfalle, a romaria aportou logo no La Campana, o mais antigo restaurante de Roma, quicá de Itália, pois já tinha portas abertas no ano de 1518! Para beber, o destaque para um branco Lambrusco, da região de Emília – Romagna, cuja capital é Bolonha. Outros acepipes provados, foram costeletas de anho, de frango, croquete (com queijo parmesão, abóbora, batata e chicória) e nos queijos, o cimeiro foi pecorino!

Quanto aos participantes no roteiro, enunciemos: acompanharam-nos, desta vez, autor, os manos Miguel e Paulo Amorim, este com sua esposa Iva Lima, empresários da restauração, e o colega Chef Paulo Santos, para além do bancário Filipe Matos.

Visita cultural e gastronómica a Roma
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