sábado. 23.11.2024

"Portugal tem todas as condições para ser uma potência exportadora e internacionalizada", disse o Ministro da Economia

"Se focarmos a execução e a racionalidade das decisões em capitalizar e financiar as empresas, promover a inovação, ajudar na internacionalização, remover a burocracia - conseguimos dar um salto quântico a uma velocidade que não é possível em economias muito maiores e muito mais complexas", disse o Ministro da Economia, Pedro Reis, na conferência anual da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal, em Aveiro.
Ministro da Economia, Pedro Reis, na conferência da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal, Aveiro.
Ministro da Economia, Pedro Reis, na conferência da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal, Aveiro.

"Se focarmos a execução e a racionalidade das decisões em capitalizar e financiar as empresas, promover a inovação, ajudar na internacionalização, remover a burocracia - conseguimos dar um salto quântico a uma velocidade que não é possível em economias muito maiores e muito mais complexas", disse o Ministro da Economia, Pedro Reis, na conferência anual da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal, em Aveiro.

Pedro Reis sublinhou que "temos 4 ou 5 anos para nos posicionarmos e captarmos alguns clusters, alguns ecossistemas de investimento" e que, embora Portugal tenha já "um bom trabalho feito", "é preciso agora concretizá-lo". 

TEMÁTICAS PERMANENTES

O Ministro referiu que «quando vemos essas várias oportunidades que existem e que estão a ser trabalhadas em Portugal», "algumas temáticas estão lá sempre»: são os setores estratégicos da descarbonização, da economia circular, da mobilidade, da logística, farmacêutico, da defesa (…), do sistema financeiro e do cluster do mar".

"Tudo isto são áreas de investigação profunda, de inovação acelerada, de captação de talento, de margem de progressão gigante, de desmultiplicação para outros setores. Portanto é aí que Portugal se pode posicionar com alguma agilidade e naturalidade", acrescentou.

Pedro Reis sublinhou que "estas matérias estão no pico das nossas prioridades. Aliás, não é possível ver o mundo como um ecossistema interligado e não pedir o mesmo ao Ministério da Economia», pois «Portugal tem todas as condições para ser uma potência exportadora e internacionalizada com base na inovação e no talento".

PRODUTIVIDADE

"Quando estamos a falar de produtividade", disse, "estamos a falar de assegurar a intensidade de capitais. Não é possível, atualmente, com intensidade tecnológica de investigação e desenvolvimento que existe, fazê-lo sem uma densidade, uma espessura de capital", disse, acrescentando que "produtividade implica, como sabem, aposta em investimento continuado".

E "a produtividade implica competitividade, ou seja, implica alívio fiscal, implica desmantelamento de burocracia, implica justiça económica ágil e implica infraestruturas estratégicas".  

REFORMAS RESPONSÁVEIS

Por isto, ao setor Público "cabe desencadear uma agenda de reformismo, a que eu chamo responsável. E cabe apostar acima de tudo na qualificação, no talento e no conhecimento, para vencer o desafio da produtividade, da competitividade da escala. Porque é esses são os desafios sem os quais tudo o que façamos é ingrato ou insuficiente. E se assegurarmos isto, tudo o resto é possível".

Por isto, "estamos a trabalhar muito profundamente" num "Banco Português de Fomento que ative em pleno a sua função: fazer chegar soluções de financiamento e de capitalização às empresas portuguesas, nomeadamente para cobrir e colmatar as falhas de mercado", disse ainda.

METALURGIA E METALOMECÂNICA

O Ministro definiu o cluster do setor da metalúrgica e da metalomecânica "como se fosse uma coluna vertebral da economia portuguesa. É quase o tutano dentro da indústria e a indústria, é a coluna vertebral. Tal como a coluna vertebral nas economias não esgota a realidade do corpo, mas sem esse corpo não tem estrutura e não tem movimento".

Este setor (3 000 empresas, 50 000 empregos, volume de negócios de 34 mil milhões de euros e exportações de 20 mil milhões) «é absolutamente nevrálgico para o caminho do futuro. Ainda por cima é uma coluna vertebral ligada ao cérebro, no sentido em que está a evolução. E em cima de uma base muito robusta, muito sólida, há que colocar conhecimento, colocar tecnologia».

"Portugal tem todas as condições para ser uma potência exportadora e...
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