Portugal mantem-se como um dos países da União Europeia com o crescimento económico mais forte, de acordo com os dados divulgados ontem pelo Eurostat, o organismo oficial de estatística da UE.
Os dados dos 13 países da UE para os quais já existem resultados do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre de 2023 apontam para variação homóloga média (comparação com o mesmo trimestre de 2022) de 0,1%. Ora Portugal, com 1,9%, é o país que mais cresce, à frente da Espanha (1,8%) e da Bélgica (1,5%).
Comparando com o trimestre anterior, e de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), o PIB contraiu ligeiramente (-0,2%). Se no quarto trimestre deste ano, o crescimento mantiver este ritmo, Portugal fechará o ano com um crescimento do PIB à volta de 2%.
CARGA FISCAL ABAIXO DA MÉDIA DA UE
Também ontem, o Eurostat publicou dados relativos à carga fiscal nos países da UE em 2022, que colocam Portugal abaixo da média europeia.
A média da carga fiscal na UE, em 2022, incluindo receitas fiscais e contribuições sociais, foi de 41,2%, tendo sido de 38% no nosso país.
A França (48%), a Bélgica (45.6%) e a Áustria (43.6%) são os países com maior carga fiscal da UE. A Irlanda (21,7%), a Roménia (27,5%) e Malta (29.6%) estão no polo oposto da tabela.
Combustíveis e alimentos quebram inflação
Finalmente, o INE divulgou a sua estimativa rápida para inflação em outubro, que aponta para uma taxa de 2,1%, quando no mês anterior estava nos 3,6%. Trata-se da taxa de inflação mais baixa dos últimos dois anos.
Os dados do Eurostat apontam para um movimento similar na União Europeia, com a taxa de inflação de outubro nos 2,9%, abaixo dos 4,3% de setembro. Portugal tem a 9.ª inflação (IHPC) mais baixa da Europa.
Em Portugal e na UE, a quebra da inflação está a ser fortemente influenciada pela redução do preço dos combustíveis e dos bens alimentares.