viernes. 22.11.2024

No âmbito das comemorações do Dia Internacional do Livro Infantil e do Dia Mundial do Livro o Município de Ponte de Lima, através da Biblioteca Municipal, vai promover um conjunto de ações significativas de incentivo ao livro e à leitura nos estabelecimentos de ensino do concelho.

Uma das ações inclui sessões com escritor Pedro Seromenho que nos dias 6 e 7 de abril vai percorrer as Bibliotecas Escolares dos Agrupamentos de Escolas do concelho, num programa concertado que promoverá o 'Ateliê de conto e Linha'. Este atelier integra a dinamização de uma hora do conto com ilustração ao vivo e a dramatização de várias obras infantojuvenis com uma temática familiar e intergeracional tais como "A cidade que queria viver no campo" ou "Mel na Boca".

De relembrar que este tipo de ações visa também alertar para a importância do livro, da leitura e da narração oral enquanto prática fundamental para o desenvolvimento e aquisição de competências nos planos relacional, cognitivo e emocional, pedagógico, social e histórico e cultural.

Sobre o autor:

Pedro Seromenho nasceu em Zimbabué, bué, bué de longe, mas atualmente mora em Braga. Licenciou-se em Economia porque, na altura, o Word não contava as palavras dos poemas que escrevia. Ainda hoje guarda os gráficos de macroeconomia, onde ilustrou os seus professores.

Pedro Seromenho.
Pedro Seromenho.

Em 2006, julgou ter uma epifania e estreou-se na literatura infantojuvenil com “A Nascente de Tinta”, mas era apenas febre. Como é guloso, em 2009, foi comer uma torta a Guimarães e aproveitou para lançar a sua primeira aventura juvenil, “900-História de um Rei”. No verão de 2011 resolveu viajar de carro até Tavira, mas queimou a junta da colaça e teve de esperar pela assistência em viagem. Demorou tanto tempo que deu para escrever o livro “Porque é que os animais não conduzem?”, fundar a editora Paleta de Letras e comprar biqueirões.

Depois de ver algumas das suas obras no Plano Nacional de Leitura, "o peregrino do livro infantil”, como o apelidou um padre amigo, saiu porta fora para encher o mapa de Portugal com pioneses ilustrados e regressou a casa cheio de cartões de desconto de gasolineiras, hotéis e via verde. Pelo caminho, parou na Trofa para mudar o filtro de óleo do motor e convidaram-no para fazer parte do júri final do Prémio Matilde Rosa Araújo.

Como sempre gostou da Matilde e da broa da confeitaria Miranda, aceitou prontamente. Pensou tratar-se de um equívoco, mas, em 2013 e 2015, fizeram-no patrono de duas bibliotecas escolares em Tomar e Braga, respetivamente. Claro que ficou orgulhoso e profundamente agradecido até porque, agora, se a mulher o puser fora de casa, já sabe onde dormir. Quer dizer, como essas bibliotecas têm o seu nome, talvez o deixem.

Acima de tudo, adora ser o pai de uma pequena Flor, mas teima em dizer que é escritor, ilustrador, editor, contador de histórias e detetive de pares de meias perdidas. Quando o seu vizinho lhe perguntou porque é que, em vez de trabalhar a sério, passava o dia a fazer bonecos e riscos, convenceu-se de que poderia ser o curador do Encontro de Ilustração “Braga em Risco”. Adora sonhar, criar e comunicar, mas como esta biografia está a ficar extensa o melhor é abreviar e dizer que tem dezoito livros publicados, quinze anos como autor infantojuvenil e oito como pai.

Escritor Pedro Seromenho nas Bibliotecas Escolares de Ponte de Lima