Já começaram as obras no Palácio Nacional de Mafra para receber o Museu Nacional da Música, que deverá abrir portas em 2025 na ala norte do edifício.
Com uma história atribulada, a coleção do Museu da Música já passou pelo Conservatório, pela Biblioteca Nacional, em exposição ou simplesmente encaixotada, e está instalada desde 1994 na estação de Metro do Alto dos Moinhos, em Lisboa. Com um acervo de mais de 1700 instrumentos musicais, do século XVI a XX, a que se junta outro espólio, como partituras ou fonogramas, atualmente o museu tem apenas uma pequena parte do seu acervo em exposição.
Uma realidade que vai mudar na nova casa no Palácio Nacional de Mafra, onde ficarão expostos cerca de meio milhar de instrumentos, entre eles as peças mais raras e valiosas da coleção, caso do cravo Taskin, construído em 1782 a pedido do rei D. Luís XVI de França, do violoncelo Stradivarius que pertenceu ao rei D. Luís ou do piano que foi usado por Franz Liszt quando passou por Portugal em digressão, em 1845, e que o compositor e pianista doou à Coroa portuguesa. Mas também vários instrumentos de manufatura portuguesa - como o cravo Antunes, de 1758, classificado como tesouro nacional -, peças centrais de uma extensa coleção que reúne instrumentos de tradição erudita e popular, não só europeus, mas também da Ásia, África ou América.
No Palácio Nacional de Mafra está a ser requalificada uma área total de 7500 m2 para receber o Museu, que passará a ter um espaço expositivo de quase 2000 m2, num investimento de 5,5 milhões de euros, financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência.