A Escola de Ciências da Universidade do Minho (ECUM) coordena uma plataforma que pretende melhorar a gestão dos recursos e das práticas laboratoriais, reduzir tempo e custos, além de fortalecer a produtividade e a competitividade. A plataforma é composta por vários módulos, que permitem a gestão de laboratórios a nível de equipamentos, produtos químicos, recursos biológicos, materiais, resíduos, espaços, segurança e formação. A ferramenta resulta do projeto EASY GOV - Laboratory Management Platform, que nos últimos dois anos teve a parceria de universidades de Itália, Grécia, Letónia e de uma empresa portuguesa, contando com um financiamento de 262 mil euros do Programa Erasmus+.
A plataforma vai ser apresentada esta quarta-feira, dia 18, às 14h30, no auditório B1 (edifício 2) do campus de Gualtar, em Braga, com transmissão no YouTube da ECUM. A sessão, com 300 participantes pré-inscritos, conta na abertura com o presidente da ECUM, José González-Méijome, e a diretora do Departamento de Biologia da UMinho, Maria João Sousa. Segue-se a apresentação do EASY GOV pela coordenadora do projeto, Cristina Ribeiro, e a sua demonstração pelo diretor de tecnologia da New Consulting, Luís Rodrigues.
Às 15h45, a investigadora Fernanda Cássio, do Centro de Biologia Molecular e Ambiental, aborda a sustentabilidade do EASY GOV. A sessão de encerramento reúne a diretora do Centro Ciência LP/UNESCO, Susana Catita, o presidente da Associação de Universidades de Língua Portuguesa, João Nuno Calvão da Silva, a diretora da Agência Nacional Erasmus+, Ana Cristina Perdigão e a vice-reitora para a Educação e Mobilidade Académica da UMinho, Filomena Soares.
COMO FUNCIONA?
Em concreto, a plataforma permite o registo de procedimentos que ocorrem no dia-a-dia laboratorial, desde manutenções preventivas, avarias ou marcações de equipamentos, de modo que os utilizadores planeiem devidamente os seus trabalhos e segundo as boas práticas laboratoriais. “Permite uma modernização organizacional e maior transparência, ao registar o que cada um faz, as necessidades e os fluxos. É um sistema sustentável, visando a eliminação do uso do papel”, afirma Cristina Ribeiro. A ferramenta permite ainda fazer o inventário dos equipamentos, produtos químicos, recursos biológicos e demais materiais. A gestão de resíduos em cada laboratório está igualmente contemplada, “reduzindo o seu impacto ambiental e controlando de forma eficiente o ciclo de vida de cada resíduo”.
O desenvolvimento do projeto inclui experiências laboratoriais de diferentes países, contribuindo para uma plataforma capaz de responder às necessidades em contexto internacional e garantindo a transferibilidade do projeto para outras instituições. “As instituições terão tanto mais sucesso no futuro quanto mais atenção dedicarem ao redesenho dos seus procedimentos de forma sistemática, usando as melhores práticas de gestão”, sublinha Cristina Ribeiro. O projeto está acessível em easygov.bio.uminho.pt e vai ser também lançada em breve uma demo, para outras entidades verificarem as funcionalidades. O objetivo é partilhar experiências e estratégias para uma melhor gestão dos recursos, dos espaços e da segurança laboratorial nas instituições.