sábado. 23.11.2024

Rui Pereira nasceu em Ponte de Lima onde também decorreu a primeira fase da sua vida estudantil. Depois, rumou a Braga, onde depois de frequentar a Universidade do Minho, prosseguiu, no domínio da investigação em baterias de ião lítio. Rui Pereira, é membro do Centro de Investigação da Universidade do Minho, e doutorado em Química Macromolecular pela Faculdade de Ciências e Tecnologia de Coimbra, além de docente daquela academia minhota.

Mas, a convite do Presidente da autarquia limiana, Vasco Ferraz, e perante um grupo de amigos, no Salão Nobre do concelho, entre eles Victor Gomes, Administrador do Conselho Europeu de Ciência – CEI – em Bruxelas, e Gonçalo Rodrigues, vereador do Ambiente e Espaços Verdes, e Presidente das Feiras Novas, Rui Pereira explanou sobre o projecto. Este, consiste numa componente de aplicação prática – neste caso em baterias de ião lítio, que procura primeiramente «responder a questões científicas e conceptuais. A implementação ainda não foi possível, salientou o investigador, augurando pelo registo de duas patentes de sua equipa.

Prosseguindo a sua dissertação, o docente explanou um pouco mais: pretendemos uma solução para tornar as baterias mais eficientes. A solução pode estar no bicho-da-seda. Esta investigação está a estudar as propriedades dos seus casulos com objectivo de aplicação em dispositivos tecnológicos na área da energia. Estamos com um projeto de biomimética, que visa a criação de novos materiais inspirados na natureza. Neste caso, com o objetivo de estudar as propriedades dos casulos, desejamos descobrir aplicações para o desenvolvimento de novos dispositivos tecnológicos mais eficientes. Um dos trabalhados realizados no âmbito deste projeto usou casulos de bichos-da-seda em dispositivos eletroquímicos como separadores de baterias de lítio, e em electrólitos poliméricos para janelas inteligentes que conseguem alterar a sua opacidade consoante as necessidades energéticas do edifício. “O trabalho com as baterias de lítio foi bastante importante porque nos provou que esses materiais naturais que nós transformámos tinham umas determinadas características para a bateria funcionar com ótimo desempenho, e que essas propriedades estavam já presentes nos próprios casulos”, revelou. Isto significa que o próprio casulo, sem passar por qualquer transformação, pode ser usado diretamente nesta aplicação para melhorar o desempenho da bateria, apresentando resultados de performance superior aos dos separadores que existem comercialmente à venda, assertou Rui Pereira.

Deste modo, os estudos aplicáveis á ciência, destinam-se também a descobrir novos métodos sustentáveis para a transformação desses materiais e igualmente solventes mais amigos do ambiente, rematou Rui Pereira na sua palestra.

Rui Pereira, un limiano investigador especialista em baterias de lítio
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