jueves. 21.11.2024

Enquanto se aguarda pela classificação do Sarrabulho á moda de Ponte de Lima por Bruxelas, processo em análise por peritos na Direcção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, eis que mais uma vez um casal de amigos, dirigentes de serviços na capital europeia, respectivamente Victor Gomes no Conselho Europeu de Investigação, e Triin Aasma no Conselho Económico e Social, um órgão de consulta e sugestões ao Parlamento, deseja saborear o ágape limiano.

Desta vez, a escolha foi por um novo local, onde “só há Sarrabulho por encomenda ou ao fim de semana”, rematou-lhes logo no telefonema o patrão Carlos Afonso! E, com a resposta correctíssima, foi então agendado um serão com a iguaria, pois era um dia de semana! Ao franquear a porta, um acolhimento sorridente por parte da jovem Sofia Correia, de Poiares.

Após essa formalidade chegamos á mesa do festim, o sesquicentenário prato na restauração Pontelimense, inaugurada que foi essa novidade nos anos idos de 1860 por Clara Rosa Penha, de acordo com pesquisas realizadas há quase trinta anos…

Os anfitriões ao banquete, para além dos luso – belgas- estónianos, completavam-se com colegas e parceiros do nosso Clube de Gastronomia de Ponte de Lima: Armando Melo, chefe dos Bombeiros Voluntários locais; Alberto Silva, comerciante do ramo automóvel, e Manuel Pereira, Presidente do Núcleo da Liga dos Combatentes no concelho.

Eis então que, ás primeiras garfadas de arroz e da rojoada com suas batatas alouradas e restantes miudezas “no ponto”, os elogios não se fizeram esperar! A qualidade, o sabor, paladar, empratamento e outros atributos de quem serve bem e o melhor pitéu regional minhoto, justificaram conhecer os seus autores.

Então, vieram á sala os artistas de culinária “presos” diariamente na cadeia velha, conhecer os visitantes: na direcção da cozinha, Helena Afonso, acompanhada de seu adjunto, o jovem arcozelense de 23 anos, João Leonardo Matos, formado pela Escola de Hotelaria e Turismo de Viana do Castelo. Com surpresa para eles, até preenchemos uma ficha de avaliação, organoléptica, cujo resultado positivo, lhes foi posteriormente transmitido, para reconhecer o seu empenho no gosto pela profissão, e o gosto pela delícia gastronómica elaborada em dia que “não é não”, mas que encomendado é SIM!

'Presos' na Cadeia Velha, por bom sarrabulho
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