O Primeiro-Ministro António Costa afirmou ter a «profunda convicção que, com aos recursos humanos, com a resiliência do tecido empresarial, com a capacidade de inovação que o sistema científico e tecnológico permite às empresas terem, com a vantagem comparativa que temos neste contexto de dupla transição energética e digital, temos todas as condições para dar um grande salto em frente».
Assim, "temos boas razões para ter confiança, o que é uma condição fundamental do País", afirmou o Primeiro-Ministro António Costa num almoço com empresários, no âmbito da iniciativa Governo + Próximo no distrito de Braga.
António Costa sublinhou que «a confiança não é não ter consciência dos obstáculos, é ter a consciência que temos a capacidade de superar os obstáculos. Porque não há vida, não há desafio, em setor nenhum, em nenhuma atividade que não tenha obstáculos. Nas vossas empresas já enfrentaram muitos obstáculos e vão enfrentar muitos obstáculos».
O Primeiro-Ministro lembrou a pandemia e a invasão russa da Ucrânia, que fez "aumentar o preço da energia 160% a 200%" acrescentando que «não obstante estarmos a passar por isto tudo, a verdade é que o emprego está no máximo, as empresas não fecharam, a economia está a crescer como há muitos anos não crescia, as empresas estão a exportar como nunca tinham exportado».
"Portanto, só temos uma razão para dizer: venham os desafios e vamos vencer. E é isso que vamos fazer", disse, no almoço em que estiveram também presentes os Ministros da Presidência, Mariana Vieira da Silva, da Economia e do Mar, António Costa Silva, e da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.
TÉXTIL EXPORTA 99%
António Costa que visitara antes a Têxtil Manuel Gonçalves, em Famalicão, (tendo antes visitado a Blufab, em Braga) lembrou que «pela primeira vez o ano passado, a economia portuguesa teve mais de metade do seu produto interno em exportações. E isto deve-se à capacidade da nossa indústria inovar, encontrar mercados, ser competitiva e crescer. E tenho confiança de que vamos continuar a crescer».
A Têxtil Manuel Gonçalves, referiu, tem já um longo percurso e tem conseguido reinventar-se, sendo um exemplo de uma indústria fortemente exportadora, em que «99% do que produz destina-se à exportação», o que permite sustentar o crescimento da economia.
As empresas que, como esta, participam nas Agendas Mobilizadoras do Plano de Recuperação e Resiliência, potenciam a sua capacidade de crescimento. O PRR em Braga tem 570 milhões de euros de candidaturas aprovadas, com especial destaque para as Agendas Mobilizadoras, referiu o Primeiro-Ministro.
Afirmando que Braga é um distrito com grande dinâmica empresarial que tem hoje cerca de 94 mil empresas, mais 13% do que em 2015.
No primeiro dia do Governo + Próximo António Costa e os Ministros visitaram «alguns exemplos da excelência empresarial do distrito» de Braga, disse ainda.