domingo. 24.11.2024

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, afirmou que as relações económicas entre Portugal e Angola são intensas, mas têm ainda muito potencial de expansão, devendo dois países trilhar esse caminho juntos, na sessão de encerramento do Fórum Económico Portugal-Angola, no Porto.

«Quando falamos de relações sólidas, referimo-nos a relações permanentes, bem ancoradas em sentimentos de proximidade e a consciência de já termos vivido muito juntos. Conhecemo-nos, mas tal como acontece em todos os bons casamentos, devemos estar sempre atentos e disponíveis para aprender e aprofundar. É esse o caminho que devemos trilhar juntos», afirmou João Gomes Cravinho.

«Com a economia angolana em transformação este é um momento extremamente oportuno para se fazer o ponto de situação, perceber o que se está a mudar e quais as novas oportunidades», referiu o Ministro. 

João Gomes Cravinho destacou que o fórum realizado no Porto permitiu aos empresários portugueses compreenderem as perspetivas que existem nos próximos anos em Angola, assim como a «abertura de oportunidades em novos setores».

Essa abertura «torna Angola um caso muito interessante para a atenção das empresas portuguesas», referiu, destacando a agricultura, as energias renováveis, a farmacêutica, o têxtil e o calçado.

«Há uma panóplia de áreas, algumas já muito conhecidas, mas outras por explorar», disse João Gomes Cravinho, que em junho irá acompanhar o Primeiro-Ministro, António Costa, na sua visita a Angola para assinar o novo pacote de cooperação estratégica.

No Fórum, foram abordados os instrumentos financeiros de apoio ao investimento, com a presença do Secretário de Estado do Tesouro e Finanças de Angola, Ottoniel Santos, da presidente do Banco Português de Fomento, Celeste Hagaton, da diretora do Departamento de Cooperação e Relações Internacionais do Ministério das Finanças de Portugal, Ana Barreto, e do administrador executivo do Banco Caixa Geral Angola, Francisco Oliveira.

O Secretário de Estado do Tesouro e Finanças de Angola, disse que o Governo angolano está neste momento a priorizar os projetos a realizar no âmbito da linha de crédito garantida pelo Estado português, sendo o objetivo «flexibilizar os requisitos no acesso à linha».

«Estamos a entrar no processo de normalização, trabalhando de forma alinhada para que estes projetos possam começar a conhecer as devidas desmobilizações», referiu, notando que desde a assinatura do acordo já foram aprovados projetos no valor de 500 milhões de dólares (cerca de 461 milhões de euros).

Portugal e Angola devem continuem a aprofundar as relações económicas
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