jueves. 21.11.2024

Conselho Europeu de Investigação financia sete projetos de ciência portuguesa

O Conselho Europeu de Investigação (European Research Council – ERC, sigla em inglês) vai financiar 400 projetos selecionados no concurso Starting Grants 2023, no valor total de 628 milhões de euros. Destes, 7,7 milhões de euros vão ser atribuídos a quatro projetos de investigadores a desenvolver a sua atividade em Portugal, e 4,5 milhões de euros a três projetos liderados por investigadores portugueses a desenvolver a sua investigação no estrangeiro. 

O Conselho Europeu de Investigação (European Research Council – ERC, sigla em inglês) vai financiar 400 projetos selecionados no concurso Starting Grants 2023, no valor total de 628 milhões de euros. Destes, 7,7 milhões de euros vão ser atribuídos a quatro projetos de investigadores a desenvolver a sua atividade em Portugal, e 4,5 milhões de euros a três projetos liderados por investigadores portugueses a desenvolver a sua investigação no estrangeiro. 

Carlos Minutti, da Fundação Champalimaud, vai receber 1,8 milhões de euros para estudar o funcionamento e desenvolvimento das células dendríticas, que estão associadas ao início das respostas imunes a agentes patogénicos e tumores, com o projeto "Conventional Dendritic Cells – Ecology, Diversity, and Function".

Inês Pereira, da Universidade de Coimbra, terá à sua disposição 2,5 milhões de euros para investigar a temática da evolução da tectónica de placas e tentar responder à questão de quando estas surgiram na Terra ("FINGERprinting cold subduction and Plate Tectonics using key minerals"). 

Giulia Ghedini, do Instituto Gulbenkian de Ciência, quer avaliar como as respostas metabólicas a competidores afetam a coexistência e dinâmicas comunitárias no fitoplâncton marinho, com o projeto "Mapping metabolic responses to understand coexistence and community functioning". Para isso, recebe agora o financiamento de 1,5 milhões.

Ilana Gabanyi, também do Instituto Gulbenkian de Ciência, terá 1,9 milhões de euros para o projeto "Trafficking mechanisms and physiological factors mediating a direct gut microbiota-brain neuron interaction", para tentar decifrar a comunicação direta de sinais provenientes da microbiota intestinal para os neurónios. 


Três bolsas para investigadores portugueses no estrangeiro

Fernando Santos, Diana Pinheiro e Ana Gomes, respetivamente da Universidade de Amesterdão, do Instituto de Investigação de Patologia Molecular em Viena e da Universidade de Montpellier e CNRS, também receberam esta bolsa, criada para ajudar cientistas em início de carreira a desenvolver os seus trabalhos. 

  • Fernando Santos estuda o efeito de longo prazo dos sistemas de recomendação de links em redes sociais e novos algoritmos ao nível do benefício social ("Responsible Link- Recommendations in Dynamic Environments");
  • Diana Pinheiro investiga os mecanismos biofísicos associados à formação e desenvolvimento dos embriões ("Coupling morphogen dynamics with mechanics in the control of form and pattern");
  • Ana Gomes debruça-se sobre o ciclo da divisão celular que é coordenado e controlado no plasmódio, o agente causador da malária ("Cell cycle progression in malaria parasites"). 

 

Para a Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, é manifestamente motivo de orgulho para Portugal, particularmente para os investigadores em início de carreira desenvolverem os seus próprios projetos, constituírem as suas equipas, contribuindo para o fortalecimento do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT).

Com estes resultados, Portugal atinge a marca de cerca de 78 milhões de euros captados nos concursos do Conselho Europeu de Investigação desde o início do Horizonte Europa (2021- 2027), o programa-quadro de financiamento europeu de investigação e inovação.

Conselho Europeu de Investigação financia sete projetos de ciência portuguesa
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