Foi uma reconstituição no seu local de origem, o convívio de faca e garfo que remonta a 1962 – tradicional Bife da Páscoa – que o saudoso empresário da restauração, Américo Antunes Correia realizava ora na sua Pensão Rio Lima, na capital do distrito, ora no restaurante com igual nome, na freguesia de Cardielos.
Desta vez, foi o actual concessionário do espaço comercial cardielense, o Chef Domingos Gomes, que secundado de informações do colega e descendente do fundador, Manuel Viana Martins, recriou, cumpriu a usança de fim da quaresma.
A edição, histórica, deste ano foi repartida por duas sessões: na noite de Quinta – Feira Santa e no almoço de Sábado de Aleluia, 30 de Março, para a qual nos inscrevemos com mais amigos. No grupo, um casal que veio de longe: Victor Gomes, Administrador do Conselho Europeu de Investigação – CEI – em Bruxelas, e a esposa, Triin Aasma, natural da Estónia, mas Administradora no Conselho Económico e Social Europeu – CESE – nos pelouros de refugiados, trabalho e segurança social. Os comensais na nossa mesa, completavam-se com o Presidente da Liga dos Combatentes em Ponte de Lima e Presidente do Lions local, o jurista Manuel Pereira; o deputado eleito pelo círculo de Viana do Castelo, e neto do fornecedor durante anos da carne para o repasto pascal, Eduardo Teixeira; e, o herdeiro da receita da tradição culinária, Manuel Viana Martins.
O cardápio era longo, as iguarias muitas, a começar pelas entradas: rissolitos de carne e de marisco; gambas ao natural; presunto laminado com melão; sanguínea, outra dita de carne e salpicão; pasteis de bacalhau; queijinhos variados; azeitonas “á moda do Chef Domingos”; feijoada á transmontana, e mais …
A molhar, um branco, reserva e “Selecção da Confraria”, da casta arinto, de Bucelas, Loures, junto a Lisboa, uma oferta do respetivo Presidente e amigo, Alcindo Almeida. Chegada a vez do bife (da vazia), um bifão segundo todos, foi necessário degustar calmamente… a aguaria, face ao primeiro prato! Com a ementa típica de Cardielos, acompanhou um Loureiro da cooperativa de Ponte de Lima, e a rematar: abertura da mesa de sobremesas: leite creme queimado; arroz doce, outra doçaria e frutas variadas. Foram quatro horas á mesa, foram vários os sabores; foram várias as recordações; foram vários os elogios aos artistas que proporcionaram não só mesa farta, como um rol de paladares ou aromas de qualidade. Até para o ano, acenamos todos em tempo de despedida!