jueves. 21.11.2024

Uma dúzia de marcas de vinho Alvarinho, produzidos em Monção e Melgaço, foram apresentados no fim de semana em Bruxelas, no âmbito duma cerimónia da Confraria dos Vinhos de Portugal na Bélgica e Ordem de S. Vicente.

A prova comentada, por parte do enólogo belga Laurent Devos, professor de Enologia no CERIA - Centro de Ensino e Investigação das Ciências Alimentares e Químicas - foi antecedida duma explanação sobre a casta alvarinho e seu terroir, pelo agrónomo diplomado pela Escola Agrária de Ponte de Lima, enólogo, produtor de Alvarinho de Monção, e Escanção Mór da Confraria dessa casta, João Pereira.

Também da Estónia, há agora um Confrade
Também da Estónia, há agora um Confrade, Triin Aasma Gomes, Administradora no Comité Económico Europeu em Bruxelas, Serviço de Refugiados e Segurança Social.

Os vinhos em prova eram dos seguintes produtores: Quinta de Soalheiro, Quinta do Regueiro, Quinta da Pedra, Quinta das Pereirinhas, Quintas de Melgaço, PROVAM, Dom Salvador, Anselmo Mendes, By Elio e Lara, Palácio da Brejoeira e Quinta do Reguengo. Apreciados os brancos, com uma entrada típica da Bélgica, os Tomates recheados com camarão, as seis dezenas de convidados degustaram dois tintos do Douro sugeridos pelo restaurante, e opção: um verde branco Maxus, com sede em Brandara, Ponte de Lima.

O prato típico belga, da cidade de Gand – Waterzooi de Volaille – uma espécie de Canja de galinha com batatas, cenoura pequena, aipo, alho, gema de ovo – presenteou a grande mesa e convívio com outras confrarias. Da Bélgica, marcaram presença: a das Cervejas de Bruxelas, a do Peixe de Água Doce, da Couve de Bruxelas, do Queijo Salloy de Strée; da França, deslocou-se a Confraria do Queijo S. Maure de Touraine (Tours).

Grã Mestre da Confraria agradece aceitação feita pelos 2 confrades
Grã Mestre da Confraria agradece aceitação feita pelos 2 confrades.

Seguiu-se o discurso oficial por parte da Grã Mestre da Confraria dos Vinhos de Portugal, Cecília Vidigal, com agradecimento da presença de todos, da prova dos alvarinhos e do Folar Limiano de Ponte de Lima, e uma surpresa. No decorrer da festa, teve lugar um Capítulo especial daquela entidade promotora da vinicultura do país vizinho na Europa. Os dois portugueses presentes na reunião gastronómica, o já mencionado enólogo João Pereira e o historiador Adelino Tito Morais de Ponte de Lima, surpresa alargada a uma outra nacionalidade: da Estónia, foi também entronizada na Confraria dos Vinhos de Portugal na Bélgica, Triin Aasma Gomes, Administradora no Comité Económico Europeu em Bruxelas, Serviço de Refugiados e Segurança Social, apreciadora da cozinha portuguesa, esposa de um outro colaborador na divulgação de vinhos e sabores do país de Camões: Vitor Gomes, com origens em Arcos de Valdevez, director na Agência de Investigação na Comissão Europeia, Bruxelas.

750 ANOS DE TROCAS COMERCIAIS COM PORTUGAL

Um momento cultural esteve a cargo do novo confrade. Tito Morais elencou percursos da vida económica de Portugal e do Minho com a Flandres desde 1267 com portugueses na Feira de Lille, a existência de mercadores de Lisboa, Porto, Braga, Barcelos, Guimarães, Ponte de Lima e Monção num documento de 1443, as Feitorias nas cidades de Bruges e Antuérpia, e exportação de vinhos do Alto Minho para região da Flandres em 1559, entre outras pesquisas.

12 Alvarinhos de Monção e Melgaço, apresentados em Bruxelas
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