«Temos a ambição de, em conjunto com Espanha, Marrocos e Ucrânia, organizar o Mundial 2030, numa candidatura única, conjunta entre as duas margens do Mar Mediterrâneo, destinada a organizar o primeiro Mundial de futebol que une, pelo desporto e os seus melhores valores, dois continentes: Europa e África», afirmou o Primeiro-Ministro, António Costa, na abertura do 47.º Congresso da UEFA, em Lisboa.
António Costa lembrou a guerra na Europa, e os seus impactos no desporto e no futebol, destacando o papel que ambos podem assumir no regresso da paz: «O futebol e o desporto não são instrumentos de guerra, mas sim veículos de paz e de diálogo entre os povos. A história da humanidade está carregada de bons exemplos sobre como através do desporto - neste caso do futebol - se pode chegar à Paz, à tolerância e à compreensão do mundo», afirmou.
«O impacto dos eventos desportivos, o número de pessoas que assistem e as emoções que permitem vivenciar, fazem do desporto uma plataforma com um alcance e potencial único que não pode deixar de ser utilizado também com este objetivo», disse.
António Costa afirmou que Portugal é «um parceiro de referência da UEFA» e reiterou a vontade de continuar a trabalhar com a UEFA, lembrando a organização da fase final da Liga das Nações, a final a oito da Liga dos Campeões, em 2020, e a final da Champions em 2021, ambas em contexto de pandemia.
«Temos assim todas as condições para continuar a ser parceiros da UEFA, e também da FIFA, para a organização de eventos desportivos globais», disse ainda.
O Primeiro-Ministro anunciou a candidatura de Portugal à organização da final da Liga dos Campeões feminina de futebol em 2025, e enalteceu os feitos da seleção nacional feminina de futebol, que pela primeira vez se qualificou para uma fase final do Mundial.