A exposição “Espaço/Programa” apresenta, a partir deste sábado, sete criadores portugueses, de diferentes gerações, cuja prática incide sobre a computação e os novos media. A partir de seis trabalhos, de vários formatos e modalidades, será explorado o caráter experiencial, situado, performático e experimental da arte computacional e como a computação traz à arte um conjunto de dualidades — entre digital e analógico, material e imaterial, superfície e subfície, determinismo e imprevisibilidade — que permitem o desenvolvimento de relações estéticas muito características e participativas, mesmo em contextos que não recorrem à interação.
Nas palavras dos curadores da exposição, Miguel Carvalhais e Luís Pinto Nunes: “Partindo destas dualidades, pretende-se investigar como os programas destas obras lhes permitem desenvolver relações entre si, com o espaço do Museu e com os visitantes, e como essas interações são agentes potenciadores de uma leitura da diversidade da arte computacional portuguesa”.
O Museu Bienal de Cerveira acolhe, assim, até 12 de junho, trabalhos como: o mapeamento de Ana Carvalho, a instalação bio-eletrónica de André Sier, suportadas pela recolha e análise de dados, a dualidade da inteligência artificial ensaiada por João Martinho Moura, as memórias generativas de Mariana Vilanova, a série de esculturas sonoras dialogantes de Pedro Tudela e Miguel Carvalhais e o mecanismo de emulação de cordas vocais de Diogo Tudela.
A inauguração da exposição incluirá uma visita guiada comentada pelos artistas e palestras de três convidados que exploram o pensamento crítico em torno da arte e da estética computacionais.
A par desta inauguração, será ainda realizada a abertura da "Estação do Tempo do Moderno ao Contemporâneo" de Vila Nova de Cerveira, no âmbito do projeto "Alto Minho 4D - Viagem no Tempo", promovido pela CIM Alto Minho e pelo Município de Vila Nova de Cerveira.
De referir que o “Espaço / Programa” prevê, ainda, o lançamento de uma publicação em junho e que desenvolverá atividades satélite no gnration em Braga, também a partir deste sábado no programa “Órbita”, bem como no Museu Zer0 no Algarve, com uma extensão da exposição no verão.
O evento integra a candidatura “Fundação Bienal de Arte de Cerveira: a Arte Contemporânea integrada na sociedade e no mundo” (2020 – 2021 – Apoio Sustentado – Artes Visuais), que conta com o apoio da República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes.
Programa:
15h30 - Inauguração da "Estação do Tempo" de Vila Nova de Cerveira: Rota do moderno ao contemporâneo
16h00 - Inauguração da Exposição / Arte Computacional + Novos Media "Espaço / Programa"
16h30 - Visita com os artistas
17h00 - Conversa com Alessandro Ludovico — Computação em Media Art, Propriedades Sensoriais e Estratégias de Preservação
17h30 - Conversa com Camila Mangueira — O Observador da Estética Computacional
18h00 - Conversa com Rosemary Lee — Arte com Computadores vs. Arte Computacional
18h30 - Verde de honra