Milhares de pessoas assistiram, nas ruas de Esposende, ao desfile que assinalou os 450 anos do concelho. Os vinte quadros alegóricos que foram interpretados por munícipes de todas as freguesias de Esposende, retrataram momentos marcantes da vida do concelho, ao longo dos 450 anos de existência.
“Este cortejo teve como finalidade narrar, de uma forma muito breve e concisa, alguns episódios que marcaram a História das gentes de Esposende. Afinal, a nossa Identidade e Território que dão o mote às comemorações dos 450 anos de Esposende. Pretende-se que o conhecimento da nossa identidade permita compreender o presente e perspetivar o futuro do nosso território”, resumiu o presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira.
O primeiro quadro encenou a separação religiosa entre Esposende e Marinhas, já que, até meados do século XVI, Esposende era um lugar da extensíssima freguesia de Marinhas.
O segundo quadro remeteu-nos para a edição de Os Lusíadas (1572). D. Sebastião autorizou, em 23 de setembro de 1571, que Luís de Camões iniciasse, em Lisboa, a impressão “de uma obra em oitava rima chamada Os Lusíadas”. A sua impressão terminou no dia 12 de março de 1572.
O terceiro quadro mostrou a outorga da Carta Régia a Esposende (1572). Depois de Esposende ter beneficiado da questão religiosa, de ter manifestado ao Rei D. João III a vontade em que a sua terra fosse elevada a Vila, de novo os Esposendenses manifestam ao jovem monarca D. Sebastião essa sua aspiração. Os mais de setenta navios que constantemente fundeavam no porto da foz do Cávado foi argumento de peso.
No quadro número quatro foi abordada a entrega da Carta de Vizinhança (1573) e no quinto a entrega da Carta de Almotacés (1574). O quadro seis recordou os homens de Esposende que acompanharam D. Sebastião a Alcácer-Quibir (1578) e o sétimo demonstrou a luta travada por Fão, pela separação de Barcelos (1685).
No oitavo quadro foi feita alusão à redação das memórias paroquiais de Esposende e no nono a luta pela barra e desassoreamento do rio Cávado (1795). O décimo quadro retratou as invasões francesas e a destruição da Casa do Rego (1809) e o décimo primeiro versou a forma como foi extinto o couto de Apúlia, passando esta freguesia a integrar o concelho de Esposende (1836).
O quadro número doze foi recriado o movimento para a criação de um concelho com sede em Apúlia, com a partir da Reforma Administrativa de 1836 e o 13.º quadro aludiu à anexação de novas freguesias e fixação do concelho de Esposende. O 14.º quadro evocou António Rodrigues o 15.º a criação, em Esposende, do Julgado Municipal e o quadro seguinte aludiu à criação da Comarca Judicial.
Na 17.º representação relembrou-se o momento que assinalou a inauguração da ponte D. Luís Filipe, sobre o Cávado e o 18.º momento versou a implantação da República em Esposende e, no 19.º a elevação de Esposende a cidade.
O 20.º quadro homenageou o Folclore o concelho, os trajes, os artefactos, as formas de cantar e dançar, as formas de usar e de fazer, os usos e costumes da terra, onde se incluíam a forma de vestir antiga.