Portugal e o Senegal vão cooperar mais nos setores das pescas, portos e outras atividades ligadas ao mar, e na formação nas áreas do turismo e da diplomacia.
Em declarações à imprensa em Dakar, onde decorreu a 3.ª Comissão Mista Luso-Senegalesa, o ministro português dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, e a sua homóloga do Senegal, Aïssata Tall Sall, referiram a assinatura de memorandos e acordos nestas áreas e a preparação de outros.
«Assinámos dois acordos e as nossas equipas trabalharam na identificação de outras áreas de cooperação», disse João Gomes Cravinho, acrescentando que se trata de «um memorando para reforçar a formação diplomática» entre as instituições dos dois países que trabalham a este nível, e um acordo na área das infraestruturas.
O Ministro português realçou a importância do mar e da fileira do pescado, entre outras vertentes da economia azul, na cooperação entre Portugal e o Senegal, que tem fronteira com a Guiné-Bissau, e revelou que o secretário de Estado do Mar, José Maria Costa, e a secretária de Estado das Pescas, Teresa Coelho, identificaram oportunidades para os dois países desenvolverem em conjunto nestas áreas.
Este é «um setor em transformação» e além das pescas há novas oportunidades «por exemplo para explorar o mar para indústrias farmacêuticas e cosméticas» disse João Gomes Cravinho.
A Ministra senegalesa, por sua vez, reforçou que a economia do mar a sua proteção - e também «a gestão e exploração dos portos» - são áreas da economia que os dois países devem aprofundar.
«O Senegal felicita a experiência que Portugal tem neste setor e que quer por à disposição do nosso país», referiu Aïssata Tall Sall.
Na formação no setor das pescas e da marinha marcante e ainda «no turismo, na formação turista e hoteleira», a Ministra senegalesa vê «caminhos de cooperação possível», frisando que o seu país quer uma cooperação «mais vasta e mais intensa» com Portugal.
Os dois ministros falaram ainda, durante o encontro de hoje de manhã, da visita do Presidente da República do Senegal, Macky Sall, a Portugal, que poderá ocorrer em junho e que seria a segunda de um chefe de Estado daquele país, seis anos depois da primeira.