sábado. 23.11.2024

Consciente da importância do turismo para o desenvolvimento do concelho e da região, o presidente da Câmara de Vila Flor, Pedro Lima, já levou o “Vila Flor Ecopark” à Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), começando assim a trabalhar numa marca ainda em construção, que necessariamente vai precisar de tempo e promoção para se afirmar. “Este é um primeiro grande passo, mostrar fora de portas a nossa estratégia, o nosso empenho em criar condições para qualificar a nossa oferta, mostrar o nosso compromisso na sustentabilidade, ambiental, económica e social”, argumenta o autarca.

O Município de Vila Flor está em condições de avançar já na Primavera com a primeira fase da requalificação do antigo Parque de Campismo, inaugurado em 1983, e toda a zona envolvente, de forma a criar uma estrutura moderna, inovadora, funcional e com fortes preocupações ambientais e educativas.

 O “sonho”, como o descrevia o presidente da Câmara, Pedro Lima, há um ano, está prestes a materializar-se no terreno.

“Citando Leonardo da Vinci, a simplicidade é o último grau de sofisticação”, sublinha o edil, explicando que, apesar de arrojada, a intervenção pretendida assenta nos recursos naturais, que existem, estão ao dispor, é preciso acrescentar-lhes valor: “É aqui que se pretende intervir, preparar a herança das gerações vindouras com respeito pelo planeta, pelos recursos que nele existem, pelas acessibilidades e inclusão, pela preservação do ecossistema, da fauna e flora, pela biodiversidade, e é de forma sustentável que Vila Flor pretende conquistar um lugar de referência na era moderna, que conjugue conforto, natureza, glamour, modernização, inovação, recreio e lazer”, sustenta.

O objetivo é que a requalificação seja o menos percetível, “queremos fazer uma renaturalização, para que quem entrar lá, pense: “isto é natureza intocável”, defende.

“Um dos pontos diferenciadores do projeto é a criação de um Centro de Alterações Climáticas com vertentes de estudo, investigação e desenvolvimento de ações na área florestal, respondendo à obrigação que todos temos de usar o conhecimento para assegurar o respeito por todo o contexto ambiental”, adianta Pedro Lima.

Na vertente de recreio e lazer, o projeto prevê a construção de um anfiteatro ao ar livre com mobiliário moderno, corte de ténis, campo de jogos, Outdoor GIM -ginásio ao ar livre, playground, zona para refeições, zonas de contemplação e relaxamento, nomeadamente para observar o céu estrelado de um território com certificação Starlight, espaços que convidem à leitura e convívio, e ainda na criação de um lago e piscina natural, apoiados nos espaços já existentes nas zonas envolventes, como as piscinas municipais, o campo de futebol de praia “Arena Vila Flor”, o estádio municipal, o mini zoo e a barragem do peneireiro.

Na oferta mais conhecida, a do campismo,  vão ser criadas zonas individualizadas, por setor, desde zonas para tendas, glamping, car tent, caravanas, autocaravanas, bungalows e as denominadas casas de árvore, sendo disponibilizados serviços, tais como, supermercado, lavandaria, engomadoria, balneários, serviço de limpeza e despejo para autocaravanas.

Este investimento terá um custo total de cerca de 3,5 milhões de euros, tendo já sido assegurado pelo Fundo Ambiental do Ministério do Ambiente, um apoio de cerca de 2,2 milhões de euros, através de um protocolo de Colaboração Técnica e Financeira, no âmbito das ações do Roteiro das Terras de Miranda, Sabor e Tua, assinado também  pela Agência Portuguesa do Ambiente, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, I.P.

Criação do Vila Flor Ecopark avança já nesta Primavera
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