martes. 11.03.2025

Governo luso apresenta Estratégia Nacional de Gestão da Água 'Água que une'

El Gobierno portugués presenta la estrategia "Água que Une", un plano de 15 años para garantizar la sustentabilidad hídrica, con foco en eficiencia, resiliencia e innovación. La iniciativa prevê 300, incluyendo nuevas barreras, reducción de pérdidas y reutilización de medidas de agua, priorizando regiones más afetadas pela escassez, asegurando asim a estabilidade dos investimentos ea segurança hídrica.
Barragem de Castelo do Bode - seca.
Barragem de Castelo do Bode - seca.

O Primeiro-Ministro de Portugal, Luís Montenegro, apresentou a Estratégia Nacional de Gestão da Água – "Água que Une", um ambicioso plano de ações e investimentos que visa garantir a sustentabilidade da gestão dos recursos hídricos no país ao longo dos próximos 15 anos. O anúncio foi feito em conjunto com a Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, e o Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes.

A estratégia resulta do trabalho de um grupo especializado criado pelo Governo, composto pelos presidentes do Grupo Águas de Portugal, da Agência Portuguesa do Ambiente e da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, bem como pelo diretor-geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural. O plano tem como base um diagnóstico aprofundado da situação hídrica nacional e das previsões de consumos e disponibilidades futuras.

Atualmente, Portugal dispõe de aproximadamente 51 000 milhões de metros cúbicos (m3) de água por ano, dos quais são captados 4 324 milhões de m3. Contudo, até 2040, prevê-se uma redução de 6% nas disponibilidades hídricas e um aumento de 26% no consumo, tornando essencial a implementação de medidas eficazes de gestão e aproveitamento dos recursos.

Eixos Estratégicos e Principais Medidas

A estratégia "Água que Une" assenta em três pilares fundamentais: eficiência, resiliência e inteligência na gestão da água. No total, contempla cerca de 300 medidas, que poderão disponibilizar mais de 1 000 milhões de m3 de água adicional para diversos usos consumptivos em território nacional.

  • Eficiência: Inclui ações como a poupança de água, redução de perdas nas redes de abastecimento e rega, reabilitação de reservatórios e reutilização de águas residuais tratadas.

  • Resiliência: Abrange medidas de adaptação às alterações climáticas, prevenção de cheias e secas, reforço da capacidade de armazenamento, segurança no abastecimento, restauração de rios e ecossistemas e criação de reservas estratégicas de água.

  • Inteligência: Envolve o fomento da inovação, uso de metodologias modernas e aplicação de tecnologias avançadas para garantir a sustentabilidade ambiental e económica.

Nove Planos Estruturantes

A estratégia divide-se em nove programas fundamentais para a gestão hídrica nacional:

  1. Programa Nacional para a Redução de Perdas de Água

  2. Programa para a Reutilização de Água Residual Tratada

  3. Programa para a Inovação e Digitalização do Ciclo da Água

  4. Plano para a Reabilitação e Restauro de Rios e Ribeiras

  5. Programa para o Reforço do Armazenamento de Água

  6. Programa para a Eficiência dos Empreendimentos Hidroagrícolas

  7. Programa para Gestão do Abastecimento ao Polo Industrial de Sines

  8. Programa para a Resiliência Hídrica do Tejo, incluindo a construção da nova barragem do Alvito/Ocreza

  9. Criação de um novo modelo empresarial para a gestão de empreendimentos hídricos

Entre as ações concretas, destacam-se a construção de novas barragens, interligações entre sistemas, criação de charcas e reservatórios, além da modernização das redes de distribuição para reduzir perdas de água.

Foco nas Regiões mais Afetadas

A estratégia também prioriza regiões do país mais vulneráveis à seca e à escassez hídrica, como o Algarve e o Alentejo Litoral, ao mesmo tempo em que visa fortalecer a capacidade agrícola e industrial em outras zonas do território. O objetivo é garantir a estabilidade dos investimentos já realizados e assegurar um abastecimento sustentável para a população e a economia.

Com a implementação deste plano, o Governo português reforça o seu compromisso com a sustentabilidade e resiliência hídrica, preparando o país para os desafios climáticos e económicos das próximas décadas.

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