12 Alvarinhos de Monção e Melgaço, apresentados em Bruxelas

Os 2 novos confrades portugueses, enólogo João Pereira e o historiador Adelino Tito Morais de Ponte de Lima, com as madrinhas.
Uma dúzia de marcas de vinho Alvarinho, produzidos em Monção e Melgaço, foram apresentados no fim de semana em Bruxelas, no âmbito duma cerimónia da Confraria dos Vinhos de Portugal na Bélgica e Ordem de S. Vicente.

Uma dúzia de marcas de vinho Alvarinho, produzidos em Monção e Melgaço, foram apresentados no fim de semana em Bruxelas, no âmbito duma cerimónia da Confraria dos Vinhos de Portugal na Bélgica e Ordem de S. Vicente.

A prova comentada, por parte do enólogo belga Laurent Devos, professor de Enologia no CERIA - Centro de Ensino e Investigação das Ciências Alimentares e Químicas - foi antecedida duma explanação sobre a casta alvarinho e seu terroir, pelo agrónomo diplomado pela Escola Agrária de Ponte de Lima, enólogo, produtor de Alvarinho de Monção, e Escanção Mór da Confraria dessa casta, João Pereira.

Também da Estónia, há agora um Confrade, Triin Aasma Gomes, Administradora no Comité Económico Europeu em Bruxelas, Serviço de Refugiados e Segurança Social.

Os vinhos em prova eram dos seguintes produtores: Quinta de Soalheiro, Quinta do Regueiro, Quinta da Pedra, Quinta das Pereirinhas, Quintas de Melgaço, PROVAM, Dom Salvador, Anselmo Mendes, By Elio e Lara, Palácio da Brejoeira e Quinta do Reguengo. Apreciados os brancos, com uma entrada típica da Bélgica, os Tomates recheados com camarão, as seis dezenas de convidados degustaram dois tintos do Douro sugeridos pelo restaurante, e opção: um verde branco Maxus, com sede em Brandara, Ponte de Lima.

O prato típico belga, da cidade de Gand – Waterzooi de Volaille – uma espécie de Canja de galinha com batatas, cenoura pequena, aipo, alho, gema de ovo – presenteou a grande mesa e convívio com outras confrarias. Da Bélgica, marcaram presença: a das Cervejas de Bruxelas, a do Peixe de Água Doce, da Couve de Bruxelas, do Queijo Salloy de Strée; da França, deslocou-se a Confraria do Queijo S. Maure de Touraine (Tours).

Grã Mestre da Confraria agradece aceitação feita pelos 2 confrades.

Seguiu-se o discurso oficial por parte da Grã Mestre da Confraria dos Vinhos de Portugal, Cecília Vidigal, com agradecimento da presença de todos, da prova dos alvarinhos e do Folar Limiano de Ponte de Lima, e uma surpresa. No decorrer da festa, teve lugar um Capítulo especial daquela entidade promotora da vinicultura do país vizinho na Europa. Os dois portugueses presentes na reunião gastronómica, o já mencionado enólogo João Pereira e o historiador Adelino Tito Morais de Ponte de Lima, surpresa alargada a uma outra nacionalidade: da Estónia, foi também entronizada na Confraria dos Vinhos de Portugal na Bélgica, Triin Aasma Gomes, Administradora no Comité Económico Europeu em Bruxelas, Serviço de Refugiados e Segurança Social, apreciadora da cozinha portuguesa, esposa de um outro colaborador na divulgação de vinhos e sabores do país de Camões: Vitor Gomes, com origens em Arcos de Valdevez, director na Agência de Investigação na Comissão Europeia, Bruxelas.

750 ANOS DE TROCAS COMERCIAIS COM PORTUGAL

Um momento cultural esteve a cargo do novo confrade. Tito Morais elencou percursos da vida económica de Portugal e do Minho com a Flandres desde 1267 com portugueses na Feira de Lille, a existência de mercadores de Lisboa, Porto, Braga, Barcelos, Guimarães, Ponte de Lima e Monção num documento de 1443, as Feitorias nas cidades de Bruges e Antuérpia, e exportação de vinhos do Alto Minho para região da Flandres em 1559, entre outras pesquisas.