'Memórias Literárias', recorda a Agustina Bessab-Luís, uma das mais marcantes escritoras do século XX
O centenário de Agustina Bessa-Luís encontra-se a ser celebrado e o Município de Ponte de Lima associa-se a este acontecimento revisitando a sua vida e obra, através do projeto “Memórias Literárias”, recordando, assim, uma das mais marcantes escritoras do século XX.
Maria Agustina Ferreira Teixeira Bessa-Luís nasceu em 15 de outubro 1922, em Vila Meã, Amarante, demonstrando desde cedo um interesse pela literatura portuguesa e inglesa em particular, obtendo um lugar de destaque logo que publicou “A Sibila”, em 1954. Esta obra, estudada durante décadas em escolas e universidades, constituiu um enorme sucesso e abriu-lhe portas para o reconhecimento público da sua grandiosa carreira literária.
Dedicou-se à escrita de romances, peças de teatro, biografias, crónicas, ensaios, testemunhos de um corpus literário diversificado. Adaptou para o cinema muitas das suas obras e viu a sua obra “As Fúrias” em cena no Teatro Nacional D. Maria II. Foi deste mesmo teatro que Agustina Bessa-Luís se tornou diretora entre 1990 e 1993.
A obra da escritora tem uma projeção internacional de relevo, estando traduzida em várias línguas. Diversas teses de doutoramento realizadas ao longo dos anos, em universidades um pouco por todo o mundo, têm refletido a importância indiscutível da sua obra no panorama literário universal.
Agustina Bessa-Luís obteve importantes prémios literários e reconhecidas distinções.
Esta evocação bem merecida, relembra a escritora em “Memórias Literárias”, lançando-se o convite para uma viagem pela vida da “mais produtiva e complexa personalidade feminina da literatura portuguesa”.
Recorde-se que esta rúbrica visa dar a conhecer uma pluralidade de escritores do mundo e as suas respetivas obras e, neste caso em particular, estimular uma reflexão acerca da vida e obra da escritora, sem, todavia, repetir factos que já são do domínio público, procurando revelar um pouco de Agustina Bessa-Luís, pessoa/escritora para quem viver, ou dar testemunho da sua passagem, era escrever.