Governo luso anuncia investimento de 2,8 mil milhões de euros em habitação pública e prevê construir 59 mil novas casas

Primeiro-Ministro Luís Montenegro e Ministros Manuel Castro Almeida e Miguel Pinto Luz visitam habitações públicas em construção, Alcanena.
Portugal aposta forte na habitação pública: Governo anuncia investimento de 2,8 mil milhões de euros e meta de 59 mil novas casas

O Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, anunciou esta terça-feira um ambicioso plano de investimento em habitação pública, com o objetivo de construir 59 mil novas casas nos próximos seis anos. A medida representa um reforço significativo em relação ao previsto no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que previa a construção de 26 mil novas habitações.

"Estamos a dar corpo a uma decisão que tomámos na última reunião do Conselho de Ministros que é uma aposta inequívoca na habitação pública como esteio fundamental do aumento da oferta de habitação para que os portugueses possam, por arrendamento ou aquisição ter uma casa condigna", afirmou Luís Montenegro.

Um investimento histórico

O investimento total previsto para este plano é de 2,8 mil milhões de euros, sendo que 36 mil casas serão financiadas a 100% e as restantes 23 mil a 60%. "É uma revolução, é o maior investimento público em habitação das últimas décadas e que são financiadas pelo Orçamento do Estado", sublinhou o Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz.

Alcanena como exemplo

O Primeiro-Ministro destacou o caso de Alcanena como exemplo de um município que está a liderar o investimento em habitação pública. "Alcanena está no topo do investimento per capita na habitação pública e de seguir as diretrizes da estratégia nacional que conta com o mercado, com as instituições, mas não abandona a responsabilidade dos Estado", afirmou Luís Montenegro.

Objetivo: aumentar a oferta e tornar a habitação mais acessível

O Governo pretende, com este plano, aumentar significativamente a oferta de habitação a preços acessíveis, contribuindo para a resolução da crise habitacional que afeta o país. Para tal, serão privilegiadas soluções como a construção de novas habitações, a reabilitação de edifícios antigos, a aquisição de imóveis e o arrendamento público para subarrendamento.

Um compromisso com a população

"O que estamos a fazer na habitação hoje aqui, é o que estamos a fazer na Educação e na Saúde: a escola pública, a Serviço Nacional de Saúde, a habitação pública são três esteios da nossa sociedade a partir dos quais servimos o interesse de cada pessoa", afirmou Luís Montenegro.

Este plano de investimento em habitação pública representa um passo importante para garantir que todos os portugueses tenham acesso a uma habitação condigna e a preços acessíveis.