Esposende promove formação sobre a Arte do Junco

A Câmara Municipal de Esposende, em parceria com o Instituto do Emprego e Formação Profissional e com a colaboração da Junta de Freguesia de Forjães, estão a promover uma ação de formação intitulada “Artesanato: Arte do Junco”, com início previsto para a primeira semana de março. Esta iniciativa decorre no âmbito do “Programa de Ação para a Sustentabilidade, Crescimento e Competitividade do Turismo em Esposende 2018-2022”, Eixo 3 “Comunidade, Cultura e Criatividade” e que, no que concerne ao “Junco de Forjães”, o Município de Esposende tem previstas três ações: formação; criação do Centro Interpretativo; e a certificação.

A formação a promover enquadra-se na tipologia modular, de 100 horas, dividido em duas Unidades de Formação: Ideias e oportunidades de negócio, e Execução de Artesanato em Junco – iniciação, com 50 horas cada.

A ação de formação decorrerá no Centro Cultural de Forjães, em horário pós-laboral, às terças e quintas-feiras, entre as 19h00 e as 22h00, com a possibilidade de se realizar em alguns sábados, entre as 09h00 as 13h00. A formação contempla, para ativos empregados, o direito a subsídio de refeição de 4,77€ e, para desempregados, o direito a apoios sociais.

Com esta iniciativa pretende-se inverter a tendência para o quase desaparecimento do artesanato em junco, procurando captar novos aderentes a esta arte, ao mesmo tempo que se promove a cesta de junco de Forjães.

Aos participantes serão facultadas ferramentas para desempenhar novas competências na área do artesanato, fomentando novas iniciativas empreendedoras na área empresarial, garantindo a continuidade do legado que é a confeção artesanal que percorre várias gerações.

O artesanato das esteiras de Junco na Vila de Forjães, concelho de Esposende, é um dos patrimónios culturais, a nível material e imaterial, mais estimados e queridos pela população local. Apesar de todos os riscos associados aos novos sistemas de produção industrial e à quase perda de mão-de-obra especializada, Forjães manteve sempre uma forte ligação ao artesanato de junco.

Esta manutenção fez-se por duas ordens de razão: houve sempre quem tivesse o conhecimento experimentado ao longo de gerações; e, mais recentemente, um novo valor atribuído ao artesanato, como elemento identitário, na sequência de uma nova relação com o património cultural associado às tradições rurais e artesanais, contextualizados, agora, na oferta patrimonial e turística. 

Esta postura enquadra-se, de resto, nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas.

Mais informações acerca da oferta formativa através de sandra.a.martins@iefp.pt, ou telefone 258248216.