Desenvolvimento do hidrogénio e da energia eólica marítima vai diminuir dependência energética do País
O Ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, afirmou que o desenvolvimento do hidrogénio e da energia eólica marítima vai permitir baixar a dependência energética do País. O Ministro disse também que o Governo está a acelerar o processo do licenciamento da produção de energia solar e de renovação de torres eólicas com maior produtividade, a apoiar a produção de energia a partir do hidrogénio e a contar com a produção eólica marítima para atingir 80% de renováveis até 2026.
O Ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, afirmou que o desenvolvimento do hidrogénio e da energia eólica marítima vai permitir baixar a dependência energética do País.
O Ministro disse também que o Governo está a acelerar o processo do licenciamento da produção de energia solar e de renovação de torres eólicas com maior produtividade, a apoiar a produção de energia a partir do hidrogénio e a contar com a produção eólica marítima para atingir 80% de renováveis até 2026.
«Portugal até já conseguiu uma autonomia de 70%, mas sabemos que isso ocorre sobretudo no outono e inverno, quando há vento e as barragens estão cheias e a eólica do mar pode garantir a produção durante todo o ano», explicou.
Duarte Cordeiro falava na inauguração da central fotovoltaica da empresa cerâmica Revigrés, em Águeda, que passa a fornecer cerca de 20% da energia consumida por aquela indústria no seu processo produtivo, num investimento superior a 14 milhões de euros, apoiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e financiado em 50% por capitais próprios.
«A Revigrés é um exemplo a todos os níveis e já o era antes mesmo do PRR, porque tinha uma capacidade grande de reaproveitamento dos recursos no seu processo produtivo», disse o Ministro, acrescentando que a empresa tenciona avançar também com uma central de hidrogénio para depender menos do gás natural.
Durante a sua visita - onde estava a ser ouvido por vários industriais - o Ministro lembrou que as consequências da guerra da Ucrânia se fizeram sentir na subida dos preços da energia, que o Governo procurou amortecer.
«Temos tido um conjunto de mecanismos para reduzir os preços, como o famoso mecanismo ibérico, o investimento que fizemos de 4,5 mil milhões de euros para reduzir as tarifas de acesso às redes, que têm permitido no mercado liberalizado os preços mais baixos dos últimos nove anos e que permitiu também que o preço da eletricidade no mercado regulado baixasse 3% em abril, e ainda o mecanismo que adotámos para as empresas que consomem mais de 10 mil metros cúbicos de gás, que nos tem permitido, desde o início do ano, reduzir o preço do gás em cerca de 26%», exemplificou.
Duarte Cordeiro afirmou ainda que Portugal tem «instrumentos que nos garantem que os preços não vão subir muito ao longo do ano e estamos a fazer as duas coisas: a acelerar a introdução de energias renováveis que nos permitem ter garantias de preços baixos no futuro e, ao mesmo tempo, a aplicar um conjunto de instrumentos que nos permitem conter os preços dos mercados, evitando que sejam afetadas as famílias e as empresas».