domingo. 08.09.2024

Angola e Portugal, diálogo econômico promete novas oportunidades de crescimento

O Primeiro-Ministro de Portugal, Luís Montenegro, destacou a importância da colaboração entre Portugal e Angola durante seu discurso no Fórum Económico Portugal-Angola, realizado em Luanda.
Primeiro-Ministro Luís Montenegro com os Ministros angolanos das Relações Exteriores, Téte António, e da Indústria e Comércio, Rui Miguéns de Oliveira, no Fórum Económico Angola-Portugal, Luanda.
Primeiro-Ministro Luís Montenegro com os Ministros angolanos das Relações Exteriores, Téte António, e da Indústria e Comércio, Rui Miguéns de Oliveira, no Fórum Económico Angola-Portugal, Luanda.

O Primeiro-Ministro de Portugal, Luís Montenegro, destacou a importância da colaboração entre Portugal e Angola durante seu discurso no Fórum Económico Portugal-Angola, realizado em Luanda. Em sua intervenção, Montenegro afirmou: «Angola abre às empresas portuguesas as portas desta região, deste continente, e Portugal abre às empresas angolanas as portas da Europa, as portas de outro grande mercado».

Montenegro ressaltou que Portugal está interessado em atrair investimentos angolanos, destacando os recursos humanos de alta qualidade, as instituições educativas de excelência e o potencial de conhecimento em diversas áreas da economia do país. «A minha presença aqui é também para vos dizer que confiamos muito no que as empresas portuguesas podem fazer em Angola, mas quero também que saibam que confiamos muito naquilo que os angolanos podem fazer em Portugal», acrescentou o Primeiro-Ministro, apresentando as principais medidas económicas e fiscais do Governo.

Colaboração e Confiança Mútua

Embora as decisões de investimento caibam às empresas, o objetivo do Governo é facilitar os processos através das políticas públicas. Montenegro utilizou a expressão tradicional angolana «estamos juntos» para descrever a relação entre os dois países irmãos.

O Ministro do Comércio e Indústria de Angola, Rui Miguéns de Oliveira, destacou a segurança alimentar como um objetivo nacional para os próximos anos e expressou o desejo de Angola de formar parcerias com quem desejar colaborar neste campo. Miguéns de Oliveira mencionou o setor de vinhos como um exemplo de como a experiência dos empresários portugueses poderia complementar a produção em Angola, criando oportunidades para o crescimento conjunto.

Visitas a Empresas e Reuniões

No segundo dia da visita, Montenegro visitou a Feira Internacional de Luanda e se encontrou com empresários portugueses e angolanos. Durante a manhã, o Primeiro-Ministro e sua delegação visitaram as empresas Powergol, especializada em energia, e Refriango, líder no mercado angolano de bebidas. Após as visitas, Montenegro declarou à imprensa que seu objetivo era entender como as empresas portuguesas estão se estabelecendo em Angola e como os poderes públicos podem apoiar essa cooperação, beneficiando ambos os países.

Montenegro afirmou que as empresas portuguesas têm «capacidade tecnológica, bons recursos humanos e empresários com capacidade empreendedora». Reiterou a importância de ter confiança no que o país é capaz de realizar tanto dentro quanto fora de suas fronteiras para o bem-estar dos portugueses e para contribuir com o desenvolvimento dos países onde atuam, como Angola.

Educação e Cooperação

No primeiro dia da visita, após reuniões com o Presidente João Lourenço e as delegações dos dois governos, o Primeiro-Ministro visitou a Escola Portuguesa de Luanda, que abriga mais de duas mil crianças e jovens, desde a educação infantil até o 12.º ano. Esta escola, segundo Montenegro, é um «instrumento poderosíssimo» de cooperação e perpetuação do idioma português. O Primeiro-Ministro anunciou que o Governo está trabalhando para resolver a situação de precariedade de 70 professores, com a recente aprovação de um diploma para abordar o problema.

Orgulho e Apreciação

No final do primeiro dia, Montenegro se encontrou com a comunidade portuguesa em Luanda, onde vivem 112 mil portugueses. Expressou seu orgulho por liderar um Governo que recebe elogios tanto do Presidente quanto das instituições angoleñas sobre o trabalho dos portugueses no país. «É importante que continuem a ser um motor de crescimento e desenvolvimento em Angola», afirmou.

Montenegro destacou o profundo respeito por aqueles que, ao encontrar oportunidades no exterior, trouxeram seu conhecimento e habilidades, e ressaltou que o sucesso das empresas e trabalhadores portugueses no exterior demonstra a capacidade de Portugal para se destacar e fazer as coisas bem.

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