À procura de soluções para redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia
Integrar a Economia Circular em novos modelos de negócios foi o principal objetivo da Semana da Economia Circular 2021, que terminou na sexta-feira (17 de setembro), organizada pelo Instituto Politécnico de Bragança (IPB) em parceria com várias entidades portuguesas e espanholas.
De referir, que Economia Circular é um conceito estratégico que assenta na redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia.
Além de sessões de esclarecimentos, apresentações, workshops e debates, 16 alunos, divididos em quatro grupos, foram desafiados a desenvolver soluções para casos reais de empresas da região.
É o caso da empresa produtora de alfaias agrícolas, em Mogadouro, que na sua atividade desperdiça anualmente dezenas de toneladas de aço e ferro. Também a empresa produtora de vinhos “Valle de Passos”, em Valpaços, lançou o repto para encontrar uma solução para o aproveitamento do bagaço, engaço e borras que resultam da sua produção, entre outras.
Para os alunos, esta tarefa de encontrar soluções é o que mais os entusiasma. Ana Lopes, aluna de Gestão de Empresas do ISMAI, apesar de não estar diretamente ligada à área ambiental, considera que no “futuro não se poderá gerir uma empresa sem integrar a Economia Circular”. Já Alan Silva, que está a fazer mestrado em Tecnologia Ambiental, na Escola Superior Agrária de Bragança, diz que “esta oportunidade de trabalhar na prática com as empresas é muito importante para o seu percurso”.
O professor, Artur Gonçalves, responsável pela organização, explica que o projeto vai mais longe e não se fica, apenas, pela realização da Semana da Economia Circular. “Agora estes alunos vão procurar e investigar soluções para apresentar às empresas”, explica.
Nesta Semana da Economia Circular, o IPB reuniu um conjunto de iniciativas desenvolvidas no âmbito do Projeto INTERREG Circular Labs, dirigidas a empresas, instituições, investigadores, alunos e à população em geral, criando uma oportunidade para o debate em torno da Economia Circular e do seu impacte na sociedade contemporânea.
Presente na cerimónia de encerramento do evento esteve a secretária de Estado para a Valorização do Interior, Isabel Ferreira, que lembrou que no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) estão abertas as manifestações de interesse dos apoios relacionados com a bio economia. Além disso, acrescentou ainda que há muitos apoios também no programa Portugal 2030 que se destinam a consórcios para apoiar as empresas dos territórios do Interior a transitar da economia linear para a circular.
Esta iniciativa é cofinanciada pelo Programa Operacional: EP- INTERREG VA Espanha Portugal (POCTEP) 2014-2020, com fundos FEDER, e envolve um consórcio que é formado por 11 entidades de Portugal e de Espanha: Fundación EOI (Lider), Fundación Patrimonio Natural de Castilla Y León (FPNCyL), Diputación de Ávila, Ayuntamiento de Valladolid, Universidad de Salamanca (Usal), Instituto Ourensán de Desenvolvemento Económic (Inorde), Fundación Paideia Galiza, Maieutica – Cooperativa de Ensino Superior (ISMAI), Associação para o Desenvolvimento e Inovação Tecnológica (ADITEC), Instituto Politécnico de Bragança (IPB) e Município de Montalegre.