A presença da perca-sol é relativamente recente no rio Minho
Apesar de ainda se manter de portas encerradas ao público devido à realização de alguma sobras de manutenção e beneficiação, o Aquamuseu do rio Minho prossegue com um dos seus objetivos de promover e divulgar o património natural, recorrendo aos meios digitais.
Assim, durante os meses de abril e maio, a página do Facebook dá a conhecer algumas caraterísticas e curiosidades sobre a perca-sol, uma espécie originária da América do Norte, presente na Europa desde o século XIX e introduzida em Portugal nos finais da década dos 70.
Apesar de amplamente distribuída por grande parte das bacias hidrográficas de Portugal, no rio Minho a sua presença ainda é relativamente recente e em Vila Nova de Cerveira os primeiros espécimes capturados ocorreram em 2013.
Esta espécie tem o corpo comprimido lateralmente, forma oval, pode medir entre os 10 e os 30 cm e chegar a viver entre 8 a 10 anos. Apresenta na parte anterior da barbatana dorsal raios espinhosos e bastante cortantes e na parte posterior, arredondada, tem espinhos moles.
O seu dorso e os flancos são azulados com reflexos verdes e com bastantes pontos escuros, enquanto o ventre é amarelo-alaranjado. Na cabeça, e mais concretamente na parte posterior do opérculo é bem visível uma mancha negra e vermelha.
A Perca-Sol gosta de viver em troços de rios, ribeiras e lagos pouco profundos, com bastante vegetação macrófita aquática e com corrente fraca. Esta espécie é capaz também de suportar baixos níveis de oxigénio na água e altas temperaturas. A sua reprodução pode ocorrer entre os meses de abril e julho sempre que a temperatura da água atinja os 16 – 18 ºC, em locais arenosos de fraca corrente e baixa profundidade. Os ninhos são construídos e protegidos pelos machos.
A sua alimentação baseia-se principalmente em larvas de insetos, crustáceos, ovos e pequenos peixes. Como é uma espécie muito territorial e devido aos seus hábitos alimentares bastante vorazes, a perca-sol compete com qualquer outro animal que tente ocupar o seu habitat principalmente na época da reprodução, fazendo com que muitas espécies autóctones diminuam ou mesmo cheguem a desaparecer. À semelhança do achigã é considerada um dos principais responsáveis pela diminuição da biodiversidade.