Arboreto de Esposende com foco na divulgação da biodiversidade
Antecipando a estratégia futura de criação de uma rede nacional de arboretos, foi hoje apresentado o Arboreto Municipal de Esposende, situado no lugar de Barbeitos, Vila Chã, reunindo uma coleção arbórea de 50 talhões com outras tantas espécies florestais autóctones, materializando as boas práticas florestais e ambientais que o município preconiza. Num futuro próximo será criado o Arboreto digital, interligando este projeto pioneiro em Portugal com o Esposende Smart City.
Com o Arboreto Municipal de Esposende pretende-se iniciar um impulso à floresta, criando uma coleção arbórea viva, demonstrativa do crescimento de diferentes espécies florestais, que se implantará ao longo dos anos e cujos resultados serão alcançados a médio/longo prazo.
“Com este projeto estamos a desencadear os mecanismos para criar um Plano Municipal de Ordenamento Florestal. Avaliando as disposições normativas existentes, nomeadamente aquelas que impõem novas regras junto às residências, queremos repovoar o território com espécies amigas do ambiente, combatendo pragas e requalificando a paisagem”, defendeu o presidente da Câmara Municipal de Esposende, Benjamim Pereira.
Numa área de 27 mil metros quadrados, onde nasce uma linha de água, cresce um projeto inovador, com monitorização do crescimento das espécies, do teor de humidade em cada um dos 50 talhões e da qualidade do solo.
Um dos objetivos que o Município de Esposende pretende alcançar com este novo espaço é ver replicado o exemplo em diversos terrenos privados, em alternativa aos modelos florestais existentes. Dar-se-á primazia a espécies com uma menor inflamabilidade e combustibilidade, sendo atrativas de biodiversidade, com inúmeras vantagens ambientais.
Este espaço que agora acolhe o arboreto municipal e outrora ocupado com eucalipto e pinheiro bravo, contribuirá para reduzir o risco de incêndio local, funcionando como projeto-piloto ao princípio das cortinas pára-fogo, inicialmente previstas para o interface urbano/florestal, mas cujas alterações legais recentes vieram inviabilizar a localização primária.
O espaço passará a ter utilização pública, podendo ser visitado e receber inúmeras atividades de grupos, como a comunidade escolar, associações de caçadores, agricultores e proprietários florestais. Poderão ser efetuadas atividades de educação ambiental, como a observação da biodiversidade, da avifauna, herpetofauna, entomofauna, cogumelos, entre outras.
Este novo espaço funcionará como zona de lazer ou de reflexão e estudo, podendo acolher a realização de efemérides como os dias dedicados à árvore, à Terra, ao Ambiente, à conservação da natureza, à floresta autóctone ou à biodiversidade biológica.
Os objetivos para criação do Arboreto Municipal estão alinhados com os objetivos presentes no Plano Intermunicipal de Adaptação às Alterações Climáticas, no Programa Regional de Ordenamento Florestal de Entre Doutro e Minho (PROF EDM), com o Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PNDFCI), com o Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios (PMDFCI), com o Programa Nacional para as Alterações Climáticas 2020/2030 (PNAC 2020/2030), com o Programa de Ação para a Adaptação às Alterações Climáticas (P-3AC), com Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas (ENAAC 2020) e também com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentado.