Concerto Anton Bruckner, Sinfonia N.º 7
O Centro de Interpretação do Românico, em Lousada, recebe no próximo dia 4 de fevereiro, sexta-feira, pelas 21h30, a Sinfonia N.º 7, de Anton Bruckner, interpretada pela Camerata Nov'Arte, dirigida por Luís Carvalho.
A entrada é gratuita, mas sujeita à reserva prévia de lugares. RESERVAS ENCERRADAS
O concerto também será transmitido em direto no Facebook e Youtube da Rota do Românico.
O evento (ver folha de sala) conta com o apoio da Associação de Cultura Musical de Lousada (ACML), do Município de Lousada e da parceria institucional do Ministério da Cultura.
Anton Bruckner - Sinfonia N.º 7
Sinopse
Concebida no espírito da Sociedade Privada de Concertos (Verein für musikalische Privataufführungen) de Schoenberg (1874-1951) e seus discípulos, em Viena (Áustria), na década de 1920, a presente versão de Luís Carvalho, de 2019, da Sinfonia N.º 7, de Anton Bruckner (1824-1896), para ensemble de 15 instrumentistas, procura transportar a monumentalidade da obra original para um formato instrumental mais compacto, leve e flexível.
O efetivo instrumental escolhido não é fortuito, já que tenta simular, em miniatura, a orquestra tipicamente bruckneriana, ao incluir praticamente todos naipes de sopros (madeiras e metais), bem como as cordas da versão original. Ao mesmo tempo, procura-se um refrescar tímbrico, incluindo instrumentos menos usuais como o eufónio (na procura de um timbre nobre, mas sombrio, próximo do das tubas wagnerianas) ou o acordeão (que pode ser substituído por um harmónio).
Pretende-se, simultaneamente, criar uma versão da sinfonia mais portátil, mas igualmente grandiosa no conceito sonoro, ao mesmo tempo que se apela à curiosidade do ouvinte com as inovações tímbricas. A perspetiva é que a fruição musical seja igualmente recompensadora, quando comparada com o original. Afinal, a música continua a ser do melhor que o romantismo sinfónico produziu!
Camerata Nov’Arte
Propondo-se como uma estrutura leve e flexível, a Camerata Nov’Arte insere-se numa filosofia de formação de geometria variável. Sob a direção artística e musical de Luís Carvalho, seu fundador, tem desenvolvido projetos artísticos inovadores, nomeadamente cruzamentos disciplinares e programas temáticos diferenciados como «Romantismo à lupa», «Impressionismo à lupa» ou «Classicismo, Neoclassicismo, Revivalismo», sempre numa perspetiva de aliar tradição e modernidade, dando igualmente lugar de destaque à nova música. Sediada no Porto, a Camerata Nov’Arte estreou-se em 2011 e desde então tem-se apresentado em prestigiados festivais e salas de dimensão nacional e internacional.
Luís Carvalho
Maestro, compositor e clarinetista, Luís Carvalho é doutorado em Música, tendo sido galardoado com diversos prémios e outras distinções. Dirige regularmente orquestras nacionais e estrangeiras, num repertório vasto e eclético que se estende do barroco à contemporaneidade, incluindo várias estreias absolutas. É fundador e diretor artístico/musical da Camerata Nov’Arte. As suas composições, a maioria das quais resulta de encomendas por importantes instituições, são apresentadas um pouco por todo o mundo por solistas e agrupamentos de craveira. Participa em cerca de uma vintena de produções discográficas, quer como clarinetista, maestro ou compositor. É docente da Universidade de Aveiro.