Portugal assina protocolo para a cooperação na resposta ao cancro com Estados Unidos da América
Portugal e Estados Unidos da América assinaram um novo protocolo de resposta ao cancro, que prevê a cooperação para a promoção da abordagem global a esta doença, tanto nas vertentes de investigação e formação como na prevenção, diagnóstico e tratamento.
O Memorando de Entendimento entre os dois países foi assinado no Ministério da Saúde pela Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares, e por Douglas R. Lowy, vice-diretor do Instituto Nacional de Cancro dos EUA (NCI na sigla em inglês), em representação dos dois países.
Com este protocolo, reforça-se a possibilidade de serem desenvolvidos projetos de cooperação institucional, nomeadamente junto dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
O Memorando de Entendimento estende-se a áreas como a otimização do acesso a cuidados e utilização de tecnologia, nomeadamente pelo impacto que pode ter a digitalização na amplificação da resposta aos doentes.
«O que nos une hoje aqui é uma agenda comum: uma agenda comum para a Saúde, uma agenda comum para o Cancro, uma agenda comum para o desenvolvimento da ciência e dos cuidados e uma agenda comum de promoção de acesso a cuidados de saúde e a tratamentos de elevada qualidade para todos os doentes», afirmou a Secretária de Estado, acrescentando que «não poderia estar mais feliz por ver que a agenda global da Saúde tem parceiros tão fortes e comprometidos nos nossos países e nas instituições hoje aqui representadas».
Margarida Tavares sublinhou que o cancro é uma doença que resulta da múltipla exposição a fatores evitáveis, tais como o tabaco, a dieta inadequada ou doenças infeciosas:
«Deve ser dada uma atenção especial à coexistência de novos e velhos flagelos que, independentemente do nível de rendimento do país, acabam por acentuar as desigualdades sociais. Temos de dar mais destaque à promoção da saúde e à prevenção da doença tanto na agenda pública como na vida quotidiana das pessoas e das comunidades», afirmou.
Douglas R. Lowy, por sua vez, disse que «o cancro não conhece barreiras» e «afeta pessoas em todos os lugares do mundo».
«É mesmo uma doença terrível, mas também é verdade que hoje somos capazes de fazer coisas pelos doentes com as quais nem sonhávamos», acrescentou.