viernes. 19.04.2024

O Concurso de Ideias Empreender no Alto Tâmega vai já na terceira edição e surge agora com uma componente que pode fazer toda a diferença: o programa de concretização. “Vamos acompanhar os empreendedores, caminhar com eles pelo braço, ajudá-los a tirar as pedras do caminho”, explica a diretora da Partnia, a consultora que vai colocar a sua equipa multidisciplinar ao serviço de cada um dos empreendedores, até à concretização de cada negócio.

A Partnia, consultora especializada na dinamização e desenvolvimento dos territórios, é responsável pela capacitação dos empreendedores e vai acompanhá-los na concretização dos negócios.

A iniciativa é da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Tâmega, integrada no projeto Programa de atração e fixação de empreendedores no Alto Tâmega (SAAC: Empreendedorismo), cuja 1.ª edição teve lugar no ano de 2018, tendo como objetivo promover ativamente a conceção e implementação com sucesso de iniciativas empreendedoras, que contribuam para desenvolvimento desta sub-região.

A 2.ª Edição aconteceu em 2019, mantendo o formato da primeira, que consiste divisão do concurso em três fases, sendo a primeira a apresentação de ideias, a segunda o programa de capacitação dos empreendedores e, a terceira, a avaliação dos dossiês de negócio, culminando na entrega de prémios na Gala do Empreendedorismo do Alto Tâmega.

A 3.ª Edição, prevista para 2020, mas realizada em 2021 devido à pandemia, trouxe novidades no seu formato, nomeadamente a parceria com a EHATB – Empreendimento Hidroelétrico do Alto Tâmega e Barroso e a realização do Programa de Concretização, para apoiar os projetos vencedores na implementação das iniciativas empresarias. “Dos projetos que passaram as fases anteriores foram selecionados cinco e são esses que vamos agora trabalhar, ajudando os empreendedores e implementar o negócio, passo a passo”, acrescenta.

Este programa tem a duração de 3 meses e o plano de trabalhos, onde estão incluídas as metas a alcançar, são definidas em conjunto com os promotores e com a equipa técnica.

O 1º Secretário da CIM do Alto Tâmega, Ramiro Gonçalves, sublinha que a importância deste projeto vai muito além dos novos negócios que surgem, “o mais importante é a dinâmica de empreendedorismo que cria no território”, bem como a transversalidade de públicos que atinge: “Temos jovens e menos jovens, pessoas desempregadas e pessoas bem-sucedidas, mas com alguma ideia de negócio nova, pessoas que procuram uma oportunidade outras que querem mudar de vida”, exemplifica.

Ao concorrerem todas as ideias passam por uma seleção que tem muito a ver com o enquadramento das ideias na estratégia de desenvolvimento do território, “privilegiando áreas como o turismo e a valorização dos recursos endógenos”, refere aquele responsável.

Em média 12 empresas integram a fase de “aceleração”, onde lhes é explicado todo o processo que a criação do negócio exige, o seu grau de viabilidade e dificuldade.

Os que fazem este trabalho ficam com um plano de negócios ajustado à ao contexto e às suas metas. Esta consultoria funciona como “uma escola de empresários”, onde os promotores das ideias percebem o caminho que necessariamente têm de fazer e as competências que obrigatoriamente têm de adquirir. “Nem todos temos espírito de empresário, nem todos temos noção dos níveis de dificuldade, mesmo quando a nossa ideia possa representar uma excelente oportunidade”, acrescenta Ramiro Gonçalves.

A triagem faz-se naturalmente e há constantemente mudanças ou transformações de ideias e objetivos, entre os promotores.

Carla Branco acredita que esta nova etapa, da concretização, é de uma ajuda fundamental para os empreendedores. “Nós fazemos o caminho com eles, a todos os níveis, nos licenciamentos, nas reuniões, na criação de parcerias, nas questões jurídicas e burocráticas, não os levamos ao colo, mas, como disse, caminhamos com eles de braço dado”, remata.

CIM do Alto Tâmega introduz 'Concretização' ao Concurso de Ideias de empreendedorismo