viernes. 19.04.2024

O Mandatário do PS de Carrazeda de Ansiães e outros elementos envolvidos nesta candidatura nas últimas eleições ao Parlamento Europeu, em 2019, retratam-se no Tribunal, admitindo “um erro” e lamentando “os danos pessoais e reputacionais” que causaram ao Presidente da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães, João Gonçalves, que injusta e irresponsavelmente acusaram de ter adulterado a contagem de votos daquele ato eleitoral.

João Manuel Lopes dos Santos Gonçalves, presidente de da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães.

O caso remonta a maio de 2019. Como é do conhecimento geral, o apuramento no Concelho de Carrazeda de Ansiães do ato eleitoral para o Parlamento Europeu, que ocorreu em 26 de maio de 2019, conferiu a vitória ao Partido Social Democrata (PPD/PSD), com uma diferença de dois votos relativamente ao Partido Socialista (PS).

Perante este resultado, o mandatário do PS ao referido ato eleitoral, em requerimento à Assembleia de Apuramento Intermédio, que funcionou no Tribunal da Comarca de Bragança, em 28 de maio de 2019 formulou acusações graves, tendo afirmado que existia “(…) por parte do Sr. Presidente da Câmara Municipal, o intuito de beneficiar de forma clara e intencional a lista ora anunciada como vencedora, a do PSD, prejudicando a lista do PS, ora recorrente” e que “(…) uma eventual recontagem de votos às escondidas alterou e influenciou o resultado final.”

As acusações foram facilmente desmontadas na Assembleia de Apuramento Intermédio, tendo ficado consignado em Ata de Apuramento Definitivo que perante a explicação e demonstração documental do lapso sucedido (lapso na transmissão telefónica dos votos por parte do encarregado de transmitir os votos da Secção de voto de Mogo de Malta, que erradamente indicou 15 votos para o Bloco de Esquerda, que, na verdade, pertenciam ao PPD/PSD), quer o Partido Socialista, quer o Partido Social Democrata, através dos respetivos mandatários concelhios, se davam por esclarecidos relativamente ao ocorrido e, como tal, aceitavam os resultados eleitorais estabilizados e prescindiam da recontagem dos votos.

Um ato presidido por um magistrado judicial e com o devido reconhecimento do Mandatário concelhio do PS de que o PPD/PSD, no Concelho de Carrazeda de Ansiães, venceu as eleições europeias.

Uma narrativa difamatória que levou o Presidente da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães, numa primeira fase a exigir a reposição publica da verdade, que não acontecendo de forma voluntária, levou o autarca a apresentar uma queixa-crime, no Tribunal Judicial da Comarca de Bragança, em defesa do seu bom nome e da responsabilidade e transparência do cargo que ocupa.

João Gonçalves exigia apenas que fosse feito o reconhecimento público das inverdades divulgadas num comunicado publicado pelo PS nas redes sociais a 30 de maio de 2019 também amplamente difundido através dos órgãos de comunicação social, locais e regionais.

Não havendo lugar para dúvidas, o presidente da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães, de bom grado, e para evitar quezílias políticas que em nada contribuem para o desenvolvimento do concelho, disponibilizou-se para fazer um acordo e desistir da acusação em causa, bastando para isso que os arguidos assumissem perante o Tribunal e, consequentemente, perante a população, o erro e os prejuízos que uma acusação sem fundamento causou no titular da presidência do Municipio.

A verdade surgiu finalmente, com a retratação dos responsáveis concelhios do PS em ata de debate instrutório, que resultou no Acordo e Sentença que coloca fim ao processo judicial.

Mandatário do PS admite "erro" e "lamenta danos reputacionais" causados, injustamente,...